O médico Marcelo Alves Vasconcelos, responsável pelo procedimento de harmonização corporal feito em Adriana Barros Lima Laurentino, não confirmou que a substância utilizada foi o polimetilmetacrilato (PMMA). A mulher, de 46 anos, foi encontrada morta em sua casa horas após realizar o procedimento para harmonização dos glúteos na clínica Bodyplastia, em Recife.
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Conforme publicado pelo G1, nas conversas a equipe do médico se refere ao produto como um “preenchedor definitivo”. Cada ml do produto é comercializado por R$60, com a opção de preenchimento em doses que variam de 180 a 840ml. O valor dos procedimentos varia entre R$10.900 e R$50.400. Por sua vez, nas conversas com Adriana por WhatsApp, a equipe da clínica citou que o procedimento seria definitivo e apresentou sugestões de quantidades que poderiam ser injetadas.
Em declaração, o médico responsável por realizar o procedimento em Adriana se pronunciou por meio de sua defesa e afirmou não poder divulgar informações detalhadas sobre o procedimento por conta do sigilo profissional. Na nota, a defesa ainda alegou que “a paciente foi vitimada por uma fatalidade, que nada tem a ver com qualquer falha do profissional”.
Recomendação de banimento
Na página da clínica no Instagram e na página do médico, a utilização do PMMA é citada e listada como “não sendo perigosa desde que seja realizada por profissionais capacitados e em locais aprovados pela vigilância sanitária”. As páginas também citam que o produto utilizado deve ser autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apesar das afirmações realizadas no perfil da clínica e do médico, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é contrária ao uso do PMMA e chegou até mesmo a recomendar que a Anvisa banisse o uso da substância visto que se trata de “um material não reabsorvível e permanente” que apresenta alto índice de complicações após a aplicação.