A Polícia Civil diz que Maria Francileide, de 55 anos, esposa do policial civil Arnaldo Jose Nascimento, de 57, que foi executado com quatro tiros na cabeça em São Miguel Paulista, na Zona Leste de São Paulo, é suspeita de ser a mandante do crime. Ela foi presa na segunda-feira (13) e, durante a abordagem, portava a pistola calibre .380 do falecido na cintura. A mulher tentou sacar a arma contra os investigadores.
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Conforme a polícia, após a morte de Arnaldo, ocorrida no último dia 6 de janeiro, Maria Francileide chegou a prestar depoimento como testemunha. Na ocasião, ela disse que não sabia o que tinha acontecido e desconhecia os dois homens apontados até então como autores de um latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
O delegado Luiz Augusto Romani, do Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco) da 7º Seccional, disse que a mulher apresentava frieza ao falar do marido e não quis nem olhar direito para as fotos dos suspeitos, Ronaldo da Silva, conhecido como “Tatu”, e Douglas Cabral de Oliveira, que foi preso no dia do crime.
“Ela estava muito fria, sequer quis olhar a foto direito dos dois. [Quando se] acaba de perder o marido, a intenção da viúva é identificar o criminoso, e não falar ‘não conheço’”, relatou.
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A polícia descobriu que Ronaldo prestava serviços como terceirizado em uma gráfica que era do policial. Ao ser ouvida, Maria Francileide negou conhecer o rapaz, mas apenas a esposa dele. Ela chegou a ir até a casa dela após o crime, com a alegação de que foi retirar materiais.
“Há indícios suficientes de autoria que dá para imputá-la como a mandante do crime”, ressaltou o delegado.
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Por enquanto, a esposa do policial segue detida por porte ilegal de arma. A autoridade policial também apresentou à Justiça um pedido de prisão temporária dela, por elo com a morte de Arnaldo.
A defesa de Maria Francileide não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.