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Ex-companheiro suspeito de matar empresária no litoral de SP é preso em Mato Grosso do Sul

Bruno dos Santos Campos, que estava foragido desde novembro passado, foi localizado em Ponta Porã; vídeo mostrou quando ele matou a vítima

A Polícia Civil prendeu Bruno dos Santos Campos, de 35 anos, suspeito de matar a tiros a ex-companheira, a empresária Brenda Bulhões, de 26, no Guarujá, no litoral de São Paulo, em novembro do ano passado. O homem, que teve a prisão decretada e era considerado foragido, foi localizado na manhã desta quarta-feira (15) na cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai.

Conforme a polícia, a detenção do foragido foi realizada durante uma operação, que contou com apoio do Departamento de Investigação da Polícia Nacional Paraguaia. Ainda não foram divulgados outros detalhes sobre como o homem foi localizado e se ele será encaminhado para o litoral paulista.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Bruno em novembro de 2024, logo após ele ser flagrado por câmeras de segurança matando Brenda a tiros, na porta do salão de beleza dela, em plena luz do dia.

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No último fim de semana, familiares e amigos da vítima se reuniram em um protesto, na Praia de Pitangueiras, no Guarujá, para cobrar justiça. “Parece que quanto mais a gente procura, mais ele se esconde. Com certeza tem alguém ajudando e a gente precisa que ele seja encontrado”, disse a mãe da empresária, a cabelereira Elisangela da Silva, em entrevista à TV Tribuna, na data da manifestação.

“Dói para respirar, dói para viver, para levantar da cama, e eu preciso fazer isso. Ela me deixou uma neta e eu preciso fazer isso por ela. Acho que se não fosse ela, não estaria nem aqui hoje de pé. Espero que ele seja pego, pague pelo que fez”, ressaltou Elisangela.

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Relembre o caso

Brenda foi morta na manhã do último dia 29 de novembro, na Rua Pará, no bairro Paecará, bem em frente ao salão de beleza do qual ela era dona. Imagens de câmeras de segurança registraram o feminicídio (veja abaixo - ATENÇÃO: Imagens fortes):

As imagens mostram quando ela chegou e estacionou a motocicleta em que seguia, sendo que logo depois o homem apareceu e baleou. Mesmo com a vítima no chão, ele continuou a atirar. A ação durou menos de 1 minuto e foram efetuados ao menos seis tiros.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e fez manobras de reanimação na vítima, mas ela não resistiu. A morte foi constatada ainda no local.

Conforme os familiares, Brenda estava sendo ameaçada pelo ex-companheiro, que não aceitava o rompimento. Apesar de não ter denunciado o caso à polícia, a jovem estava preocupada com a situação e chegou pedir para que a genitora cuidasse da neta caso ocorresse algo com ela.

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“Ela falou: ‘Mãe, eu acho que eu não vou viver muito’. Eu respondi: ‘Filha, por que está falando isso? Pelo amor de Deus, não fala isso’”, relatou a cabeleireira.

A conversa em questão ocorreu cerca de 15 dias antes de Brenda ser morta, quando ela falou para a mãe que pretendia escrever uma carta, para ser registrada em cartório, deixando claro o desejo dela de que a filha ficasse sob os cuidados da avó materna se ela morresse.

“Nesse dia a gente até brigou, porque eu disse que ela estava falando besteira e pedi para parar com isso”, lamentou a mãe da vítima.

Relacionamento conturbado

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Elisângela relatou, ainda, que a filha viveu um relacionamento conturbado por 10 meses com o homem apontado como o principal suspeito do crime, e que eles estavam separados desde setembro de 2024, depois de uma agressão. Apesar do rompimento, ele não aceitava e passou a fazer ameaças.

A genitora da vítima lamentou que chegou a abrigar o homem na casa dela, depois que ele sofreu um acidente de moto. “Não apareceu ninguém da família, então ajudamos. Eu fui para o hospital, dei remédio, dei comida, dei casa e ele ficou morando”, disse a cabeleireira.

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