O PSDB, que vem enfrentando sua maior crise desde a criação da legenda, em 1998, admite que negocia a fusão com outra legenda ainda neste ano. E já entra nas conversas com um nome para disputar a sucessão de Lula em 2026: o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O assunto já foi previamente discutido com dois grandes partidos do cenário nacional: o PSD de Gilberto Kassab e o MDB de Baleia Rossi.
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O PSDB já confirmou publicamente a intenção de lançar Leite como candidato à Presidência da República em 2026. A informação é do presidente nacional do partido, Marconi Perillo, em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira (15).
Segundo Perillo, Eduardo Leite tem o perfil que o partido considera ideal para liderar uma alternativa política no cenário nacional. O governador é descrito por ele como um político “culto, preparado e conciliador”.
Perillo afirma que o governador gaúcho demonstrou resiliência ao enfrentar desafios como a pandemia da Covid-19 e as enchentes de 2024, eventos que marcaram sua gestão no Rio Grande do Sul. Hoje, ele é um dos três governadores tucanos em exercício no país.
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Desde 2022, Leite tem se destacado como uma opção da chamada “terceira via” frente à polarização política no Brasil. Embora tenha renunciado ao cargo de governador naquele ano para disputar a Presidência, acabou desistindo da candidatura devido a conflitos internos no PSDB. Optou, então, por concorrer novamente ao governo estadual, tornando-se o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul desde a redemocratização.
No final de 2025, durante uma visita a Pequim, na China, Leite afirmou que ainda não é o momento para discutir seu papel nas eleições de 2026, mas demonstrou “disposição” para concorrer à Presidência.
O partido também está em processo de reestruturação. De acordo com Perillo, o PSDB planeja anunciar até março fusão ou incorporação com outra legenda que compartilhe uma visão ideológica semelhante.
A ideia é unir forças em torno de propostas comuns, criando uma coalizão que ofereça uma alternativa sólida ao eleitorado diante das disputas polarizadas dos últimos anos, segundo ele. A medida faz parte de uma estratégia para fortalecer a sigla e ampliar sua base de apoio para as eleições de 2026.
No último dia 2, o presidente do PSDB paulista, Paulo Serra, se reuniu com Gilberto Kassab, presidente do PSD, para tratar de uma possível fusão. Recentemente, dirigentes tucanos também tiveram conversas com o presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi (SP).