Dados divulgados recentemente pelo Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER) revelaram que o ano de 2024 registrou o maior número de acidentes aéreos nos 10 últimos: foram 175 acidentes em todo o país.
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Enquanto os números podem assustar e causar insegurança nas pessoas que pretendem realizar viagens de avião, especialistas revelam que o aumento dos casos não reflete diretamente na segurança da aviação comercial no Brasil.
Nesta semana o Metro World News teve a oportunidade de conversar sobre o assunto com Luiz Alberto de Athayde Bohrer, Tenente-Coronel Reformado da Aeronáutica e diretor da empresa Air Safety Assessoria Aeronáutica.
Segundo o especialista, para poder afirmar que o número de acidentes aéreos reflete diretamente na segurança da aviação é necessário considerar uma série de outros fatores além da quantidade de ocorrências registradas como acidentes:
“Para estabelecer essa relação de forma a refletir a realidade no transporte aéreo é necessário, e fundamental, considerar uma série de fatores, começando pela definição do segmento que pretendemos analisar”.
Indo além, Bohrer reforça que, para entender o impacto dos acidentes sobre a segurança da aviação, é preciso relacionar “o número de ocorrências consideradas acidentes em determinado segmento da aviação, o número de decolagens realizadas e o quantitativo de horas voadas”, visto que diferentes segmentos possuem quantidades diferentes de decolagens, pousos e horas de voo.
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Bons índices de segurança na aviação
Apesar dos acidentes e incidentes recentes envolvendo aviões comerciais e de pequeno porte, Bohrer reforça a necessidade de se atentar a dados obtidos por meio de fontes oficiais.
Relatórios e demonstrativos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) são uma importante fonte de informação, bem como os dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
No entanto, ele revela: é possível dizer que o Brasil está entre os países com bons índices de segurança na aviação.
“Podemos afirmar que o Brasil ocupa uma posição entre os países que detém bons índices de segurança na aviação (...) Na chamada ‘aviação comercial’, certamente estamos bem classificados tendo a concorrência de vários fatores, sendo um deles o pequeno número de empresas aéreas existentes nesse segmento”.