A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) concluíram as investigações referentes à tentativa de homicídio sofrida por José Aprígio (Podemos), ex-prefeito de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, durante a campanha eleitoral de 2024. Segundo as investigações, o político forjou o atentado para sensibilizar os eleitores. O plano, que teve participação de seus secretários, pagou R$ 500 mil aos suspeitos de participação no ataque fake.
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Conforme revelado pelo site G1, Aprígio também pagou R$ 85 mil por um fuzil que foi usado pelos bandidos na ação. Todas essas informações foram confirmadas por um dos três suspeitos presos pelo atentado, que fez uma delação premiada.
Segundo a investigação, o atentado durante a campanha eleitoral foi forjado por Aprígio na tentativa de sensibilizar os eleitores para conquistar vantagens no segundo turno da campanha eleitoral. Apesar disso, o candidato perdeu a eleição.
“José Aprigio queria contratá-los [suspeitos] para ‘dar um susto’ nele, a fim de chamar a atenção da mídia e poder alavancar a candidatura à prefeitura municipal”, concluíram a polícia e MP.
A defesa de Aprígio, por sua vez, alega inocência: “Nós temos que deixar claro aqui que ele é a vítima”, afirmou o advogado Allan Mohamed à TV Globo.
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Secretários envolvidos
Ao menos nove pessoas estão envolvidas diretamente no falso ataque a tiros, segundo a investigação. Três delas são secretários de Aprígio à época do incidente.
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Uma operação realizada na segunda-feira (17) buscou prender alguns dos envolvidos na fraude que teria como objetivo sensibilizar os eleitores para votarem no candidato.
De acordo a reportagem, os secretários ainda tiveram a ajuda do sobrinho do prefeito, Cristian Lima Silva, para organizar o falso ataque. O homem, inclusive, chegou a ser alvo de uma investigação da polícia de Alagoas por forjar um ataque contra si mesmo em 2020. Com isso, a hipótese de um atentado político foi descartada.
A defesa de Cristian não foi localizada para comentar o assunto até esta publicação.