A ex-deputada e ex-pastora Flordelis, condenada pela morte do ex-marido, escreveu uma carta relatando uma série de problemas de saúde que tem enfrentado na cadeia. O documento, publicado nas redes sociais dela, destaca que a detenta já teve um princípio de infarto, AVC, enfrenta crises convulsivas e sofre com dores abdominais. Ela pede ajuda e diz que precisa passar por um tratamento com médicos particulares fora do presídio (veja abaixo).
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Na carta, escrita à mão, Flordelis diz que seu estado de saúde físico e mental tem piorado muito ao longo dos últimos tempos. “Minha saúde mental só tem piorado. Tenho crises convulsivas, me urino toda. Tive princípio de infarto e o que me salvou é que vomitei. Aqui, sofri um apagão, uma queda horrível, bati com a parte da cabeça e do rosto do lado direito, quebrei meus dentes”, relatou ela.
No texto, a ex-pastora ainda relata que sofre de síndrome do pânico, fobia social e depressão, além de ter insuficiência renal, princípio de infarto, incontinência e amnésia total.
“Preciso de ajuda. Estou presa por um crime que não cometi, mas hoje necessito de auxílio para algo que é um direito de todo ser humano: a saúde”, ressaltou Flordelis.
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Em entrevista à coluna True Crime, do jornal “O Globo”, o advogado Renato Loureiro disse que a situação de Flordelis é crítica e ela precisa de tratamento com médicos particulares. Assim, busca para ela um benefício da prisão domiciliar humanitária, concedido geralmente a idosos com mais de 80 anos ou detentos com quadro clínico grave.
“Flordelis está morrendo na prisão. Precisa sair urgentemente para se tratar com médicos particulares”, disse o defensor.
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A carta, que foi endereçada ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, foi anexada ao seu processo de execução penal. Por enquanto, a ex-pastora segue cumprindo pena na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Condenação
A ex-deputada federal Floredelis foi condenada a 50 anos e 28 dias de prisão em regime fechado pela morte do ex-marido, Anderson do Carmo. O crime ocorreu no dia 16 de junho de 2019 em Niterói, no Rio de Janeiro.
Anderson foi morto a tiros ao chegar em casa de carro. A motivação para o crime seria o “rigoroso controle das finanças familiares” e a forma “rígida” com a qual ele conduzia os conflitos familiares.
Conforme reportagens publicadas à época do ocorrido, a família de Flordelis e Anderson era composta por mais de 50 filhos, entre biológicos, adotivos e afetivos.
Ela seria a responsável por convencer os demais envolvidos na morte do pastor a cometer o crime. A intenção era fazer o caso ser considerado um latrocínio, roubo seguido de morte. No entanto, esta não foi a primeira vez que ela teria tentado atentar contra a vida do companheiro. Flordelis já teria tentado envenená-lo ao menos seis vezes.
