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VÍDEO: Emocionada, mãe de menino que morreu ao ser esquecido em carro desmaia após depoimento

Salomão Faustino, de 2 anos, foi deixado em veículo, em dia de calor, e não resistiu; dona de creche foi presa

Dona de creche que esqueceu menino segue presa
Giselle Faustino, mãe do menino Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, que morreu ao ser esquecido em carro por dona de creche, desmaiou ao falar com jornalistas após depoimento à Polícia Civil

Giselle Faustino, mãe do menino Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, que morreu após ser esquecido dentro de um carro por cerca de 4 horas, em Nerópolis, em Goiás, passou mal ao prestar depoimento à Polícia Civil, na sexta-feira (21). Ao sair da delegacia, enquanto conversava com repórteres, ela seguia muito emocionada e desmaiou.

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Veja o vídeo abaixo, divulgado pela TV Anhanguera, afiliada da TV Globo:

Salomão morreu na manhã da última terça-feira (18). O garoto estava no veículo com a dona da creche, Flaviane Lima, que o buscava em casa e levava até o berçário. A mulher desceu e deixou o menino na cadeirinha, preso ao cinto, com os vidros fechados. Cerca de 4 horas depois ela retornou e encontrou o garoto desfalecido. Ele foi socorrido, mas não resistiu.

"O meu filho não foi dormindo. Meu filho foi completamente acordado e ele ficava atrás dela [Flaviane]. Não tem o porquê dela ter esquecido, eu não sei por que esqueceram, por que não se lembraram do meu filho", disse a mãe momentos antes de desmaiar.

O Corpo de Bombeiros, que já tinha sido acionado pelo fato de que Giselle passou mal ao falar com o delegado, socorreu a mulher após o desmaio e a levou ao Hospital Sagrado Coração de Jesus, em Nerópolis. Após receber atendimento médico, ela foi liberada.

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A empresária Flaviane Lima, que esqueceu Salomão dentro de um carro, tentou fugir após a confirmação do óbito, mas foi presa. Conforme o delegado André Fernandes, responsável pelo caso, ela foi localizada na cidade de Itaberaí, que fica a cerca de 80 km de Nerópolis. Ao ser ouvida, ela disse que tinha que receber outros três novos alunos na creche naquela data e, por isso, acabou se esquecendo de Salomão.

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No entanto, ao ser ouvida durante uma audiência de custódia, ela alegou que estava com “dor de cabeça”.

“Desci na porta do berçário e entrei. Eu subi e fiz minha rotina por volta de quatro horas. Falei para uma das tias que eu ia embora, pois estava com muita dor de cabeça. Quando eu abri o carro, o Salomão dobrou o corpinho dele na cadeirinha. Quando vi, desamarrei rápido da cadeirinha e levei ele para dentro. A gente ligou para os bombeiros. Eu tentei fazer os primeiros socorros, mas a gente percebeu ali que ele já não estava mais”, disse a dona da creche.

Apesar da alegação da empresária, o Ministério Público quer que ela responda por homicídio com dolo eventual, pois foi negligente. “A gravidade dos fatos não pode ser subestimada. Trata-se de uma criança, de apenas 2 anos, que estava sob a responsabilidade da autuada que, na condição de proprietária do berçário, tinha o dever legal e profissional de zelar pela segurança daqueles que lhe foram confiados”, destacou o promotor.

“A omissão, nesse caso, ultrapassa a esfera da culpa e adentra no dolo eventual. Flaviane, ao deixar a criança no carro por horas, ciente das condições climáticas e dos riscos, assumiu esses riscos, agindo com desconsideração à vida da vítima”, ressaltou o MP.

A defesa da empresária disse ao site G1 que ela “está profundamente abalada, vivendo o pior momento de sua vida”. O advogado Giovanni Caldas Vieira Machado ressaltou que Flaviane tentou salvar a criança. “Não houve qualquer intenção, qualquer descuido consciente ou negligência deliberada”, disse.

A mulher seguia presa no Complexo de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia no início da tarde deste sábado (22).

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