Uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo e teve recentemente contato com um familiar da República Democrática do Congo é o primeiro caso de Mpox causado pela cepa clado 1b em todo país.
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Ela está internada em isolamento no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, e não corre risco de morte, segundo os médicos que acompanham o caso.
PARA ENTENDER A MPOX
O vírus da mpox é transmitido por relações sexuais, contato direto com lesões de infectados e gotículas de saliva.
Seus sintomas iniciais são febre, dor no corpo, prostração e aumento dos gânglios linfáticos, e após alguns dias começam a surgir as lesões na pele (bolhas).
Os especialistas identificaram até agora dois grupos do vírus responsável pela doença, o clado 2, menos agressivo e com sintomas leves, que já está disseminado na Europa e nas Américas, e o clado 1, que até então estava restrito à República Democrática do Congo, na África.
Essa cepa é bastante agressiva e com uma alta taxa de mortalidade. O clado 1b, identificado na paciente de São Paulo, é uma variante cuja letalidade é pelo menos 10 vezes superior ao grupo 2.
Embora a letalidade da doença seja grande e tenha causado muitos mortos na África, ainda não há registro de vítimas fatais na Europa e nas Américas.
Além do Brasil, outros treze países já detectaram casos da variante 1b: Reino Unido (nove casos); China (sete casos); Alemanha (sete casos); Tailândia (quatro casos); Bélgica (dois casos); Estados Unidos (dois casos); Canadá (um caso); França (um caso); Índia (um caso); Omã (um caso); Paquistão (um caso); Suécia (um caso) e Emirados Árabes Unidos (um caso).