Em entrevista dada ao Fantástico neste domingo, um mecânico que trabalhava na manutenção da Voepass, dona do avião que caiu em Vinhedo em agosto de 2024, disse que a empresa não dava suporte nenhum pra consertar as aeronaves e que já havia reportado à direção os problemas naquele avião, em específico.
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Segundo ele, aquela aeronave era a que mais dava problema e foi notificado que o estava do avião era considerado ruim para voar, as a equipe de manutenção sofria pressão para colocar o veículo em condições de voo, mesmo sem ferramentas adequadas e peças de reposição.
As peças para consertar os aviões eram retiradas de outras aeronaves mais velhas, que ficaram escondidas em um matagal local, perto da companhia, segundo esse funcionário que não quis se identificar.
Na queda de 2024, em Vinhedo, a aeronave perdeu sustentação devido ao gelo acumulado nas asas. O sistema que expulsa o gelo não funcionou e o avião perdeu estabilidade. Na queda, 62 pessoas morreram.
Na semana passada, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) suspende a operação da Voepass, alegando que ela segue os protocolos de segurança exigidos no Brasil.
Apesar da suspensão, a Voepass emitiu uma nota para o Fantástico dizendo que pretende retomar suas atividades o mais rápido possível e contestou as denúncias de irregularidades, afirmando seguir todos os protocolos de segurança exigidos.