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Professor da USP que respondia a processo interno por suspeita de assediar alunas agora vira alvo da polícia

Vítimas denunciaram que o docente José Maurício Rosolen as tocou nas partes íntimas e forçava beijos

Ele já era alvo de um inquérito interno e está afastado das atividades
professor José Maurício Rosolen, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, é investigado por suspeita de assediar alunas (Reprodução/FFCLRP)

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar denúncias de assédio sexual e moral contra o professor José Maurício Rosolen, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da Universidade de São Paulo (USP). O docente já era alvo de um processo administrativo e está afastado das atividades. As vítimas relataram que ele forçava aproximação, dando beijos sem consentimento e chegando a tocar nas suas partes íntimas.

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De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, Rosolen, que trabalha no departamento de química da FFCLRP, começou a ser investigado na USP em setembro do ano passado, quando uma averiguação preliminar indicou haver “indícios de crime”.

Assim, no início deste mês, a universidade instaurou um processo administrativo disciplinar contra o docente, sendo que “ele foi afastado de suas atividades na Faculdade pelo prazo de 180 dias”, informou a USP, que ressaltou repudiar qualquer forma de assédio, discriminação ou conduta inadequada.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) confirmou que o professor é investigado em um inquérito instaurado na última sexta-feira (14) pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ribeirão Preto. A pasta afirmou que os detalhes serão preservados para “garantir a autonomia do trabalho policial”.

A reportagem não conseguiu contato com o professor ou sua defesa até a publicação desta reportagem.

Ameaças e abusos

Segundo apurado pela própria USP, as vítimas relataram que o professor se aproximava de algumas alunas e forçava uma aproximação amorosa com elas. Para isso, oferecia passeios e viagens, sendo que ele passava a tocar nas partes íntimas delas e forçava beijos.

Caso a aluna o rejeitasse, ele ameaçava com sanções, como o corte de bolsas de pós-graduandas. Pelo menos 10 vítimas se apresentaram e disseram que foram assediadas sexualmente e moralmente pelo professor desde 2020.

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