O namorado acusado de matar a personal trainer Débora Michels Rodrigues da Silva, de 30 anos, e jogar o corpo na calçada dos pais dela, em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, teve a data do júri popular remarcada para o próximo dia 25 de abril. A sessão estava prevista para o último dia 6, mas foi suspensa depois que o réu, Alexsandro Alves Gunsch, de 48, demitiu a advogada que o representava.
ANÚNCIO
Assim, a Justiça deu um prazo que para um novo defensor fosse incluído no processo e a juíza Anabel Pereira, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Montenegro, definiu a nova data para o julgamento.
Conforme o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-SP), serão sorteados novos jurados para a sessão, que também tem a previsão de ouvir três testemunhas de acusação e três de defesa. O réu também deverá prestar depoimento.
Gunsch, que segue preso preventivamente, é acusado de homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
LEIA TAMBÉM:
- Acusado de matar personal trainer e deixar corpo na calçada dos pais dela vai enfrentar júri
- Namorado confessa que matou personal trainer e jogou corpo na calçada dos pais dela, no RS
Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 26 de janeiro do ano passado. De acordo com a Brigada Militar (BM), um homem foi flagrado por câmeras de segurança retirando o corpo de Débora de um carro e colocando na calçada. A investigação descobriu que se tratava de Gunsch, com quem a vítima mantinha um relacionamento.
Na época, ao ser detido, o homem confessou a autoria da morte. Porém, a defesa dele alegou no processo que “houve uma briga entre o casal que ocasionou na agressão que, por fato fortuito, ocasionou o óbito”.
ANÚNCIO
Apesar dessa versão, o Ministério Público argumenta que a vítima pretendia encerrar o namoro com Gunsch, que não aceitava. Além disso, a promotoria cita a crueldade do homem de ter deixado o corpo da vítima na calçada dos pais dela, fato que “causou um abalo moral, psicológico e emocional”.
Morta por esganadura
Conforme o processo, Gunsch matou a personal trainer por volta das 3h do dia 26 de janeiro de 2024 por esganadura. Depois disso, a enrolou em um cobertor, colocou no carro e dirigiu até a casa dos pais da vítima, onde a abandonou na calçada.
A Certidão de Óbito atestou que a causa da morte de Débora foi asfixia mecânica.
“Ele disse que eles estavam em um processo de separação e que, na data do fato, eles acabaram discutindo por ciúmes e, a partir daí, segundo ele declarou, a vítima acabou agredindo ele e ele, na sequência, agarrou a vítima pelo pescoço, acabou jogando ela contra o armário e isso, segundo ele, veio ocasionar a morte da vítima”, explicou o delegado Marcelo Farias Pereira, que investigou o caso.