A Polícia Civil do Distrito Federal investiga o psicólogo Pablo Stuart Fernandes Carvalho, de 30 anos, que é suspeito de adotar gatos para fazer rituais e experimentos, sendo que dezenas teriam morrido. O homem já foi indiciado 16 vezes pelo crime de maus-tratos a animais, mas a Justiça ainda não decretou a prisão dele.
ANÚNCIO
A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais informou que, após receber denúncias sobre as mortes dos gatos, uma investigação foi instaurada. No último dia 14, a prisão do suspeito foi solicitada, porém, ainda não houve resposta.
A investigação constatou que psicólogo, que mora no Gama, tinha um interesse por felinos de pelagem cinza e rajada. Ele procurava os animais que estavam disponíveis pra adoção e até convencia alguns tutores a entregarem os bichos, com alegação de que iria analisar o comportamento deles.
LEIA TAMBÉM:
- Caso Vitória: vídeo mostra quando suspeito alegou que cometeu crime por ‘medo de perder a esposa’
- Menina de 7 anos denuncia que era estuprada por marido da avó; homem foi apedrejado e linchado
- Polícia identifica alunos de medicina que usaram faixa com alusão a estupro; Atlética foi fechada
Porém, depois da adoção, os gatos simplesmente sumiam. Um vizinho, que ouvia muitos barulhos estranhos e gritos dos felinos, decidiu gravar alguns áudios, em agosto passado, nos quais o homem parecia bater os animais contra a parede e também os xingava muito, enquanto os bichos pareciam agonizar.
Assim, a denúncia foi feita às autoridades, mas os barulhos continuaram. Em fevereiro deste ano, o vizinho passou a sentir um cheiro muito ruim vindo do apartamento do psicólogo e mais uma vez acionou a polícia.
O psicólogo não foi encontrado no local, mas um porteiro do condomínio disse que tinha visto um saco preto, bem cheio, que exalava um cheiro muito forte na lixeira. Ele não chegou a abrir o pacote, mas a suspeita é que ali o psicólogo tinha descartado corpos dos felinos.
ANÚNCIO
A Polícia Civil chegou a levar Carvalho para a delegacia para prestar esclarecimentos, mas ele permaneceu em silêncio e foi liberado. O caso segue em investigação e a suspeita é que mais de 20 gatos tenham morrido.
Após a repercussão do caso, o Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01/DF) informou que o suspeito cancelou sua inscrição em 2023. Sendo assim, não pode mais atuar como psicólogo.
Carvalho ou sua defesa não foram encontrados para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.