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Caso Vítoria: Defesa de suspeito afirma que ele foi coagido para confessar o crime

Apesar da confissão de Maicol, inconsistências entre sua fala e os achados periciais colocam em dúvida sua versão dos fatos.

Apesar das falas dele, a defesa quer pedir a anulação da confissão
Vídeo mostra momento em que Maicol Santos, 27, confessou à polícia ter matado a adolescente Vitória Regina de Souza, 17, em Cajamar, na Grande SP (Reprodução/Redes sociais)

A equipe de defesa de Maicol Sales dos Santos, suspeito que confessou a morte da adolescente Vitória Regina, em Cajamar, São Paulo, pretende pedir a anulação da confissão do rapaz. Segundo advogados, existem uma série de inconsistências entre o depoimento do suspeito e os fatos conhecidos sobre o caso, o que pode indicar uma suposta coação.

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Apesar da confissão, algumas declarações feitas pelo suspeito não condizem com fatos identificados pelos peritos que atuaram no caso. Algumas das contradições foram apresentadas pelo Fantástico.

Vitória foi vista pela última vez na noite do dia 26 de fevereiro, quando desceu de um ônibus em um ponto próximo a sua casa. Segundo a declaração de Maicol, que acompanhava os passos da jovem conforme dados recuperados de seu celular, ele teria oferecido carona à Vitoria, que entrou em seu carro por conta própria.

Dentro do veículo os dois teriam discutido por conta de um relacionamento anterior ocorrido no ano de 2024, durante a discussão Maicol alega ter sido agredido por Vitória, respondendo com os golpes de faca que causaram a morte da adolescente. No entanto, ele alega ter ferido a jovem apenas duas vezes, mas a perícia identificou três ferimentos.

As provas são divergentes

Além da declaração não bater com os achados da perícia, vestígios de sangue e fios de cabelo não foram localizados nos bancos do veículo, contradizendo a versão do suspeito. Uma única mancha que supostamente seria de sangue foi localizada no porta-malas do veículo.

Outro ponto divergente é a declaração do suspeito de que o corpo de Vitória teria sido enterrado em uma cova rasa. No entanto, a adolescente foi encontrada sem sinais de ter sido enterrada e em um local diferente do indicado pelo suspeito. Próximo ao corpo foram localizadas uma enxada e uma pá, supostamente utilizadas no crime. As ferramentas pertenciam ao padrasto de Maicol.

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Em fala ao Fantástico, o advogado de Maicol afirma que a confissão foi forçada e que ele não tinha a presença de um advogado no momento em que prestou depoimento confessando ter agido sozinho no caso.

Além disso, os familiares da jovem acreditam que o suspeito não agiu sozinho e pedem que o crime seja reconstituído para que todos os pormenores envolvendo a morte de Vitória sejam esclarecidos.

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