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Greve de advertência é aprovada e petroleiros param no dia 26

Paralisação será de 24 horas, como alerta à Petrobrás, e tem uma lista de reivindicações

Sindipetro

Os petroleiros decidiram, em assembleias realizadas nas unidades operacionais e administrativas da Petrobrás, pela convocação de uma greve de advertência de 24 horas, marcada para esta quarta-feira (26). O movimento é um protesto contra a postura da atual gestão da empresa, que tem esvaziado os fóruns de negociação coletiva e desrespeitado o princípio negocial, segundo o sindicato da categoria.

A pauta unificada traz uma série de reivindicações. Entre os principais pontos está a defesa da Remuneração Variável, com a exigência de que os valores não sejam reduzidos, especialmente considerando que a redução de 31% nos montantes apresentados pela empresa nos simuladores de dezembro do ano passado é considerada inaceitável, enquanto a companhia repassa 207% dos lucros para os acionistas. A Remuneração Variável é o pagamento adicional ao salário base que varia de acordo com o desempenho do funcionário ou da empresa.

Outras demandas incluem a defesa do Teletrabalho, com a suspensão do cronograma de mudanças pretendido pela Petrobrás e do termo de adesão individual, e a abertura de negociações coletivas sobre novas regras que contemplem os impactos sobre os trabalhadores.

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A categoria também cobra uma solução definitiva para os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) do Plano Petros, de previdência, e a criação de um plano único e integrado de cargos, carreira e salário, que valorize a negociação coletiva, corrija distorções passadas e garanta progressões justas na carreira.

Além disso, a reposição do efetivo de pessoal se destaca como prioridade, com a convocação de concursados e a abertura de novos concursos, considerando a drástica redução no número de trabalhadores após a Lava-Jato. A greve de advertência também exige a garantia da integridade física dos trabalhadores e a retomada da produção de fertilizantes na unidade do Paraná (Fafen-PR) com segurança adequada.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram 731 acidentes de trabalho no setor de óleo e gás em 2024, com 78 feridos graves. Houve 6 mortes no ano.

A categoria petroleira também reivindica melhores condições de trabalho e segurança para os prestadores de serviços, com ênfase na melhoria da fiscalização dos contratos e a eliminação da escala 6×1. Por fim, a greve exige a igualdade de direitos entre os trabalhadores antigos e novos, incluindo os adicionais de transferência e ajuda de custos.

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