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Tarot: verdade ou mito?

Nesse sentido, selecionamos seis dos principais mitos sobre o Tarot e contamos qual é a verdade por trás deles. Assim, você pode tirar maior proveito dos arcanos e, principalmente, dos seus próximos jogos.

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Tarot: verdade ou mito?

Existem cartas muito negativas, como A Morte, A Torre, “O Diabo e O Pendurado

Mito.

A carta por si própria tem um significado, mas em uma leitura sempre terá interpretações diversas. É necessário sempre analisar a pergunta e o contexto no qual ela aparece.

Os arcanos podem, sim, significar tensão ou desafio em determinados momentos, mas não sempre, como se a combinação das cartas fosse oferecesse o mesmo resultado todas as vezes. Ainda vale lembrar que como são arcanos maiores, sua interpretação é muito vasta e ampla.

Tudo depende do que a pessoa deseja saber através do Tarot, da posição em que as cartas caem no jogo e do contexto de vida da pessoa naquele momento.

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Existem naipes bons e naipes ruins

Mito.

E eles estão intrinsecamente associados aos quatro elementos do esoterismo ocidental:

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  1. Naipe de Paus (simbolizado pelo Elemento Fogo, tem a ver com espiritualidade, motivação pessoal, força, calor humano, harmonia).
  2. Naipe de Copas (simbolizado pelo Elemento Água, tem a ver com emocional, expectativas, ansiedade, amor ou ódio, sentimentos).
  3. Naipe de Espadas (simbolizado pelo Elemento Ar, é o naipe das intenções. Como a pessoa fala, argumenta, arquiteta e se posiciona mentalmente; é o âmbito do intelecto).
  4. Naipe de Ouros (simbolizado pelo Elemento Terra, aquilo que temos em mãos, desde posses à vida familiar, social e profissional. Os quereres, as sensações).

Por que isso é importante?

Existem naipes que aceleram ou retardam o desfecho de uma situação, ou o resultado almejado. Espadas e Paus, por exemplo, são mais rápidos que os outros, pois Fogo e Ar são Elementos mais ágeis.

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Conforme o significado de cada um, as pessoas sempre acabam associando o naipe de Copas a algo positivo ou maravilhoso, mas, na verdade, ele sugere expectativas exageradas, tendência maior à ilusão e sentimentos demostrados, mas não necessariamente reconhecidos.

Espadas significa que tudo dependerá da boa reflexão das coisas e das intenções, que devem ser claras o suficiente. É um naipe que reforça a necessidade de ser o mais objetivo possível, tentando não deixar o emocional de lado.

Ouros aponta os recursos e o empenho para atingir um objetivo. É um naipe que em determinados contextos acaba demandando mais tempo para surtir sucesso. Mas também pode sinalizar que aquilo que a pessoa deseja tem mais chances de acontecer ou de se alcançar.

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Por último, o naipe de Paus chama atenção para o excesso de energia em relação à determinada questão, que pode acabar sendo exagerada, então é preciso saber dosar. Ele traz a necessidade de calmaria e pé no chão.

Jogar Tarot pela internet não é a mesma coisa que uma consulta presencial

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Mito.

Tanto em uma consulta presencial (em consultório, com cartas de papel sobre a mesa) quando uma leitura online (por meio de chat, webcam e videoconferência), as cartas funcionam do mesmo jeito.

Algumas pessoas acreditam que pela internet a “energia” não é a mesma, já que não se toca nas cartas. Mas a verdade é que ninguém deveria se prender a essa crença que tantas vezes se mostra infundada.

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Vale dizer de modo enfático: a energia está em todo lugar. Muitas pessoas ainda alimentam o medo de confiar em algo que não seja o papel.

Ainda hoje existem cartomantes que frisam a importância de diversos procedimentos ritualísticos para haver uma consulta eficaz, como o ato de “cortar” o baralho depois de embaralhar as cartas.

Este tipo de superstição mostra o quanto ainda se duvida da eficácia não só do universo virtual quanto do próprio desempenho diante do oráculo.

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Particularmente, tenho priorizado minha agenda de leituras virtuais e percebo que o jogo flui tão bem quanto em consultório. Há o comodismo de não precisar se deslocar até o profissional, por exemplo. Muitas pessoas alimentam o medo de confiar em algo que não seja o papel.

O Tarot faz do acaso, o centro — é ele que determina a escolha das cartas, assim como o inconsciente que não podemos acessar sem um guia como os símbolos, por exemplo. Assim, deixo claro que não precisa haver nenhum ritual específico para consultar as cartas.

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Todo e qualquer sistema de crenças fica a cargo do profissional ou da pessoa que está aprendendo a simbologia e a aplicação das cartas. A única ressalva, tanto para um atendimento presencial quanto virtual, é a concentração.

Acho que não me concentrei direito ou não gostei do jogo, por isso quero tirar as cartas novamente

Mito.

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O Tarot analisa a sua vida real, não a que você deseja. O fato de não ter gostado do resultado ou de ter considerado as cartas com significados duros ou muito difíceis, não significa que outro sorteio pode ou deve ser feito.

Mesmo não havendo a devida concentração, você obteve uma resposta. É preciso lidar com os arcanos que saíram, refletir sobre a natureza da mensagem, anotar as cartas e reler diversas vezes.

E faço uma ressalva quanto a resultados não tão satisfatórios: eles podem acabar salvando você de circunstâncias negativas desencadeadas por expectativas equivocadas, por exemplo.

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Assim, em vez de rejeitar um jogo incompreensível num primeiro momento, pesquise as cartas e releia sempre, com absoluta atenção, o que lhe desagradou ou assustou.

Posso jogar no lugar de uma pessoa que tem medo “dessas coisas”

Mito.

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No Tarot, verdade ou mito, jogar com o intuito de saber previsões para uma pessoa conhecida não é aconselhável. É importante deixar claro que o oráculo oferece informações pessoais de quem o consulta.

Sempre enfatizo que quando alguém tem medo das cartas e pede que outra pessoa faça a leitura, o Tarot não deve ser aberto.

Quem se exime de uma leitura pedindo que outra pessoa a faça deve rever seus próprios conceitos a respeito do Tarot – inevitavelmente rasos ou equivocados. O oráculo serve a quem está pronto para ele.

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Devo manter um cuidado extremo ao consultar as cartas

Mito.

É normal o nervosismo antes, durante e até depois de uma leitura de Tarot. Mas é imprescindível saber que as cartas não estabelecem tendências imutáveis, como se fosse uma verdade absoluta – como a crença de que “catástrofe anunciada é catástrofe ocorrida” ou algo assim.

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O Tarot oferece prognósticos e aconselhamentos a respeito de uma determinada questão. Ele pode e deve, na verdade, ser encarado como uma estratégia para reconhecer nossos erros.

Assim enaltecer as oportunidades que se apresentam e vislumbrar o melhor caminho a ser adotado em um momento específico. As cartas vão ajudar você a fazer as melhores escolhas para sua vida.

Por esse motivo, é importante evitar fazer perguntas ambíguas, imprecisas ou subjetivas, como: “serei feliz na velhice?”, “vou ser rica?”, “onde está minha alma gêmea?”.

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Mesmo que o medo seja natural diante de algo que não se conhece muito bem, no caso do Tarot há informação suficiente para saber que ele não é uma ameaça e nem um perigo ligado a qualquer religião ou corrente esotérica específica.

É um instrumento de avaliação de tendências e de orientação diante dos impasses da vida. Daí a objetividade e a coerência na hora de formular as questões.

A importância de saber sobre Tarot, verdade ou mito

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Ao entender a diferença entre os mitos e a realidade do Tarot, você pode utilizar este poderoso oráculo de forma mais consciente e eficaz. A pergunta “Tarot: verdade ou mito?” mostra-se fundamental para quem deseja aprofundar-se no estudo das cartas e obter orientações valiosas para a vida.

Lembre-se, o Tarot não é um instrumento de previsões fatalistas, mas uma ferramenta de autoconhecimento e reflexão. Desvendar os mitos do Tarot permite que você se aproxime das cartas com mais confiança e clareza, aproveitando ao máximo o potencial desse antigo e sábio recurso esotérico.

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Leo Chioda

Leo Chioda é escritor e um dos principais tarólogos em atividade no Brasil. É doutor em Literatura pela Universidade de São Paulo e sua tese é sobre poesia e alquimia. No Personare é autor do Tarot Mensal, Tarot Direto e professor do Curso Básico de Tarot.

l.chioda@personare.com.br

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