Uma pessoa registrou o momento em que três pássaros protegeram um filhote de uma cobra que começou a persegui-los. A gravação foi publicada na semana passada rapidamente se popularizou no Facebook.
De acordo com o Daily Mail, o incidente foi registrado por uma pessoa chamada Tash Cotter , perto de Darwin, na Austrália.
“Equipe de pais protetores ferozes bem aqui”, dizia a legenda que acompanhava o vídeo que impressionou os internautas.
As imagens mostram como a os pássaros abrem as asas para intimidar o réptil, que não desiste e continua avançando na direção do filhote. Aos poucos, a cobra desiste do ataque.
A cobra foi apontada como sendo uma píton, espécie comum no território australiano e que se alimenta de diversos animais, incluindo aves e mamíferos de médio porte.
Já as aves protetoras foram reconhecidas como pássaros maçaricos, nome popular que denomina várias aves que pertencem à família Scolopacidae.
Uma ave que impressiona cientistas
Podendo chegar a 1 cm de comprimento e 88 cm de envergadura de asas, esses pássaros usam seus bicos largos para se alimentar de pequenos invertebrados em áreas lamacentas.
Esta ave impressiona devido a sua capacidade de disseminar diferentes espécies de plantas por vários continentes, pois ela percorre grandes distâncias e carrega as sementes em suas fezes.
Um maçarico-do-papo-vermelho (Calidris canutos) ficou reconhecido pelos cientistas ao voar um percurso maior que distância entre a Terra e a Lua.
A BBC conta que o pássaro que já viveu o equivalente há cem anos humanos, viajava a cada ano entre o Ártico canadense e a Terra do Fogo, na Argentina, e superou de forma significativa a expectativa de vida para a espécie, que vem sofrendo um declínio devido ao excesso de pesca nos ecossistemas do qual depende.
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Monitorado por geolocalizadores que conseguem medir a latidude e longitude da localização das aves, a ave foi chamada de B95. Os cientistas calculam que ela percorreu 30 mil quilômetros por ano, o que multiplicado por 18 anos chegaria a 540 mil quilômetros, distância superior a que separa a Terra da Lua (384,403 km).
As descobertas apontaram que algumas aves conseguem voar da Patagônia aos Estados Unidos, ao longo de 8 mil quilômetros ou mais, sem paradas.
A bióloga argentina Patricia González disse os maçaricos-do-papo-vermelho » mostram o que acontece com os ambientes onde param e, no dia em que estas aves desaparecerem, é porque nós também desaparecemos».
É importante recordar que, segundo o Portal Amazônia, espécies maçarico estão ameaçadas de extinção na Amazônia e podem deixar de existir na fauna brasileira.