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Homem faz acordo em julgamento pelo desaparecimento de sua namorada e acaba revelando o assassinato de sua esposa

O assassinato de Marta Rodriguez aconteceu 20 anos antes do crime pelo qual o suspeito era investigado.

Acusado pelo desaparecimento revela novo crime
José Rodriguez Cruz revelou assassinato durante investigação. Imagem: Internet Unknown

Pamela Butler foi vista pela última vez em fevereiro de 2009. Ela desapareceu em circunstâncias misteriosas e o único registro disso foi captado pelo sistema de vigilância de sua casa. As imagens mostram Pamela entrando na residência, mas não registram sua saída do local. Além dela, outra pessoa foi vista entrando na residência nos dias seguintes ao desaparecimento, seu namorado José Angel Rodriguez-Cruz.

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Conforme informa o portal The Mirror, a mulher, de 47 anos, morava em Washington DC e trabalhava como técnica de informática da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Ela era uma pessoa que gostava de rotina e sua ausência nos encontros de família era considerada alarmante.

Após notar a ausência de Pamela, seu irmão decidiu verificar se ela estava bem. Quando chegou à casa dela notou que os dois carros ainda estavam por lá, porém o alarme estava desligado e ela não estava em casa. Quando entrou, percebeu que os lençóis estavam faltando e parte da roupa de cama estava no sofá. Objetos pessoais também faltavam. A desorganização da casa também chamou atenção.

Pamela foi vista pela última vez no dia 12 de fevereiro de 2009. A visita de seu namorado foi flagrada pelas câmeras no dia 13 do mesmo mês. O casal se conheceu online e namoraram por cerca de cinco semanas.

José informou a polícia que na noite do dia 13 de fevereiro Pamela havia terminado o relacionamento, mas que eles se separaram como amigos. O circuito de vigilância registrou José saindo da residência as 23hrs do dia informado, mas também capturou imagens de visitas dele à casa nos dias que seguiram ao desaparecimento.

As imagens registraram quando ele saiu carregando grandes malas, as quais justificou como uma forma de retirar seus pertences da casa. Ele foi tratado como suspeito e chegou a concordar com um teste no detector de mentiras. Mas o teste não chegou a acontecer. Ele alegou sentir que a polícia estava armando para acusá-lo do crime.

Outro relacionamento, outro desaparecimento

No decorrer das investigações, a polícia chegou ao relato de outro desaparecimento. O caso, que aconteceu 20 anos antes, foi o desaparecimento de Marta “Haydee” Rodriguez, esposa de José.

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Ela desapareceu aos 26 anos, na região de Arlington, Virgínia. José foi o único suspeito do crime. Na época do desaparecimento de Marta eles estavam separados. Ela o acusava de violência doméstica. Pouco tempo antes de seu desaparecimento José foi preso por agredi-la.

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No dia da prisão, um policial flagrou o momento em que José arrastava Marta pela rua. Em seu carro foram encontradas cordas e fita adesiva. No entanto, foi a declaração dada por ele à polícia que chamou atenção. “Se eu não posso ficar com ela, ninguém mais vai”.

Marta disse estar com medo por sua vida, mas as acusações contra José foram retiradas quando ela não compareceu ao tribunal para testemunhar. Depois de uma semana, Marta desapareceu sem deixar rastros.

Durante as investigações do desaparecimento de Pamela, José decidiu fazer um acordo judicial pela morte de sua namorada. Porém, neste momento ele acabou revelando o que realmente aconteceu com sua esposa.

Em outubro de 2019, enquanto ainda era julgado pelo desaparecimento de Pamela, José foi acusado pelo assassinato de Marta. Ele foi condenado a 12 anos de prisão com a condição de revelar a localização do corpo de Pamela.

Ele guiou os policiais até a Interestadual 95, no condado de Stafford, onde disse ter enterrado o corpo em um canteiro central. No local indicado já existia uma nova construção o que impossibilitou a procura.

Contudo, foi encontrado o registro de um corpo localizado no local em 1991. Uma análise de DNA mostrou que o corpo era de Marta, a esposa desaparecida. Após a descoberta, ele fez uma declaração ao filho: “Quero dizer que sinto muito pela dor que causei a você a Marta. Se houvesse uma maneira de trazer de volta sua mãe, eu daria minha própria vida. Eu não tive coragem de enfrentar vocês e dizer o que eu tinha feito”.

Em sua defesa no tribunal, foi alegado que ele não havia cometido o crime de forma intencional. Ele disse que haviam ido para um hotel e que, quando saiu do quarto, Marta havia tomado alguns comprimidos para enxaqueca. Quando ele voltou, a encontrou morta. Diante disso ele enterrou o corpo da esposa na rodovia.

A promotoria não aceitou a explicação e usou as alegações de violência doméstica contra José. O juiz, por sua vez, concordou que José não demonstrou remorso e o condenou a 40 anos de prisão pelo assassinato da esposa. A pena começará após ele terminar de cumprir a pena pelo desaparecimento de Pamela.

O corpo da mulher ainda não foi localizado e, segundo a polícia, é praticamente impossível que o seja.

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