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‘O Talibã está nos caçando e vai gostar de nos matar’, declara jovem homossexual preso no Afeganistão; Comunidade LGBTQIA+ teme retaliação por parte do Talibã

Um afegão homossexual diz temer por sua vida e alega que o Talibã está caçando a comunidade LGBTQIA+ afegã.

Um afegão homossexual diz temer por sua vida. Ele alega que o Talibã está caçando a comunidade LGBTQIA+ afegã e que os combatentes extremistas utilizarão métodos extremamente brutais para matá-los.

Segundo notícia publicada pelo The Mirror, o homem, cujo nome foi omitido para preservar sua identidade, revelou temer os métodos de execução brutais que ele acredita que serão reservados para os homossexuais sob o novo regime do Talibã.

“Eles nos matam de forma brutal”, declarou ele ao MailOnline. “Não é como com os outros que matam a tiros. Eles vão nos atear fogo, decapitar ou apedrejar, vão ‘se divertir’ porque é aceitável para eles”.

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Durante sua declaração, o homem informou conhecer pessoas que estão preferindo tirar a própria vida. Um de seus amigos se suicidou após “sentir-se impotente e viver como uma sombra”.

A situação da comunidade LGBTQIA+ preocupa cada vez mais os afegãos, a medida que o poder do Talibã cresce. O grupo extremista não se pronunciou sobre como planejam tratar os homossexuais e simpatizantes ao longo do novo governo, no entanto, um membro do grupo extremista disse que eles deveriam ser apedrejados ou enterrados vivos. Estas são formas de punição extremas e comumente utilizadas pelo grupo extremista.

Agressões e punições extremas contra homossexuais foi marca da passagem anterior do Talibã pelo poder

Durante o governo Talibã que se estendeu entre os anos de 1996 e 2001, as pessoas comprovadamente pertencentes a comunidade LGBTQIA+ foram submetidas a “punições extremas” por conta da interpretação extremista da lei Sharia.

A CEO da Stonewall, Nancy Kelley, se posicionou a respeito do cenário em que se encontram afegãs e afegãos homossexuais. “Durante anos, os afegãos LGBTQIA+ tiveram que suportar a discriminação, o abuso e a perseguição de rotina, inclusive por parte do Estado. Com o Talibã no poder, é esperado que essa situação piore ainda mais”.

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Ainda nestes últimos dias, um estudante afegão homossexual falou sobre a situação vivida no país e sobre tentar descobrir como escapar da perseguição. “Qualquer país, mas não aqui, viver aqui não significa nada para nós. Se eu conseguir um visto e um país me der permissão para sair, é claro que arriscarei tudo para sair”.

Comunidade internacional se mobiliza para ajudar a comunidade LGBTQIA+ do Afeganistão

No momento ainda não se sabe onde os afegãos poderão se estabelecer ou se a sexualidade e identidade de gênero estão sendo consideradas como critérios para asilo em países ao redor do mundo.

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O Canadá prometeu receber 20.000 afegãos, incluindo de forma explícita pessoas LGBTQIA+ em seu compromisso. O Canadá é um caso isolado em que esta garantia está sendo oferecida. A mídia irlandesa também informou que membros da comunidade LGBTQIA+ estão entre os 150 refugiados afegãos trazidos ao país.

A mesma clareza de informações não adotada por outros países da Europa ou pelos EUA.

Um grupo de defesa pelos direitos LGBTQIA+ do Canadá se posicionou publicamente sobre o assunto, fazendo um apelo aos governos. “As atitudes públicas em relação às pessoas LGBTQIA+ são extremamente negativas, o que leva os membros dessa comunidade a manter sua identidade de gênero e orientação sexual em segredo por medo de assédio, intimidação, perseguição e morte. Com o retorno do Talibã é compreensível o temor de que a situação piore”.

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