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Mulher instala câmeras de segurança por temer reações de seu ex-namorado abusivo

Após perceber que estava em um relacionamento tóxico ela instalou câmeras de segurança em sua casa, mas infelizmente foi tarde demais.

Marylou foi morta pelo ex-namorado, sistema de vigilância capturou a ação do homem
Marylou foi morta pelo ex-namorado, sistema de vigilância capturou a ação do homem Imagem: The Mirror / Familia Sarkissian

Marylou Sarkissian, 50 anos, era moradora de Huntington Beach, na Califórnia. Ela mantinha um relacionamento de 5 anos com Jason Becher. Entre idas e vindas, o relacionamento foi adquirindo características agressivas com o comportamento abusivo de Becher.

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Segundo reportagem do The Mirror, Marylou era representante farmacêutica e mãe de três filhos.  Seu então namorado, por outro lado, cultivava e vendia maconha de forma ilegal. Ele usava um cofre na casa de Marylou para guardar o dinheiro das vendas ilegais.

Em agosto de 2016, Marylou fez um pedido de ordem de restrição contra Becher o qual foi aceito, concedendo a mulher uma ordem de restrição de 5 anos contra seu então namorado. No entanto, no mesmo mês Becher a agrediu dentro de sua própria casa. Segundo o homem, a agressão teria acontecido após Marylou utilizar o dinheiro proveniente das vendas ilegais.

O casal permaneceu junto até novembro do mesmo ano, quando se encontraram em um hotel para uma tentativa final de conciliação. Na ocasião Becher atacou novamente a mulher, que conseguiu escapar. Após as agressões, ele enviou diversas mensagens pedindo perdão e dizendo querer “envelhecer” ao lado da namorada.

Segundo as mensagens divulgadas, Marylou teria questionado o homem sobre a violência e colocado um ponto final no relacionamento. A resposta de Becher veio com mais agressões.

Foram diversas mensagens de voz repletas de conteúdos agressivos e ameaças. Ele acusava Marylou de traição e de roubar o dinheiro da venda das drogas. “Eu sei que você me traiu umas seis vezes e então você me roubou cerca de 500.000”, disse o homem em uma das mensagens.

Preocupada com o comportamento agressivo de seu ex-namorado, ela decidiu instalar câmeras de segurança em sua casa

No dia 1º de dezembro um técnico compareceu a casa de Marylou para instalar o sistema de câmeras de segurança acionadas por movimento. Ela só não esperava que naquela mesma noite Becher estava do lado de fora de sua casa, aguardando por uma oportunidade de entrar. Registros telefônicos comprovaram que o homem estava no terreno desde as 23 horas.

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Em 2 de dezembro Becher se apresentou a polícia confessando ter assassinado Marylou na noite anterior. Um parente o convenceu a se entregar depois de saber sobre o crime. Quando os policiais chegaram à casa da mulher a declararam morta no local. Ela sofreu múltiplas fraturas e não resistiu aos ferimentos.

Quando as imagens do sistema de segurança foram analisadas, a polícia confirmou a presença de Becher na residência. Ele pode ser visto mexendo no painel do sistema de segurança e dizendo de forma ‘zombeteira’: “Novo sistema de segurança doméstica? Como essa porcaria funcionou para você?”.

Após 30 minutos ele foi visto saindo da residência com um saco de lixo e roupas limpas. Após cometer o crime, Becher foi para casa de parentes em Oregon e, após confessar o crime a eles, foi convencido a se entregar.

Relacionamento abusivo e agressividade crescente

Ao longo do processo de investigação os promotores reforçaram a forma hostil como Becher agia com sua ex-namorada. As mensagens de voz agressivas foram utilizadas como prova. Seus advogados de defesa disseram que ele não tinha a intenção de matá-la.

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“Pessoas que planejam um assassinato não pretendem ser presas depois e não se entregam”, alegaram. Eles disseram que o homem havia ido na casa de Marylou somente para pegar o dinheiro que estava guardado na residência. “Seu plano era tentar falar com ela e recuperar seu dinheiro, e isso foi tudo em que ele pensou”.

Por outro lado, a acusação ressaltou a conduta constantemente agressiva de Becher. “Não se tratava apenas de matá-la, mas de ter certeza de que ele daria a última palavra”.

Em maio deste ano, Becher foi condenado à prisão perpétua pelo crime, sem chances de liberdade condicional.

Assim como no caso de Becher e Marylou, outros relacionamentos abusivos também possuem finais extremos. Em um caso recente, uma argentina esfaqueou, e matou, o companheiro após ser vítima de constantes agressões por parte do homem. Detalhes sobre este caso foram divulgados no site de notícias Nova Mulher.

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