Peter Hartshorne-Jones, de 51 anos, atirou e matou sua esposa, Silke, no dia 3 de maio de 2020. O homem possuía uma “anormalidade de funcionamento mental” que os especialistas acreditam ter sido agravada pela pandemia.
Segundo o Metro Uk, antes do assassinato, Peter se trancou no quarto para evitar pegar o vírus. Em determinado momento ele acreditou estar infectado. Conforme a informação de psiquiatras, ele sofria de “sintomas psicóticos” quando atirou conta a esposa.
Após disparar a arma, o homem ligou para os serviços de emergência, que rapidamente se dirigiram à residência do casal em Barham, Suffolk. Na mensagem em que acionou a emergência Peter teria dito: “Sinto muito, não sei o que deu em mim. Eu não queria matá-la”.
Silke, que era advogada, foi declarada morta no Hospital, menos de duas horas após seu marido chamar a polícia. Ela morreu em decorrência de um ferimento a bala no peito.
Peter foi avaliado por três psiquiatras, mas nenhum deles chegou a perguntar os motivos que o levaram a atirar em sua esposa. Em entrevista, o juiz Martyn Levett declarou: “A única coisa que posso falar sobre este caso é que Peter foi afetado pela afirmação de que ela deixou lenços em torno da casa enquanto ele acreditava ter sido infectado pelo coronavírus”.
O homem negou o assassinato, mas se declarou culpado de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e com responsabilidade diminuída. Os promotores aceitaram as alegações uma vez que o homem anteriormente possuía registros de tratamentos referentes à saúde mental.
Peter matou sua esposa por acreditar que ela o teria exposto ao vírus
Durante os meses de março e abril de 2020, os paramédicos visitaram a casa do casal por 29 vezes, após Peter fazer diversas ligações para profissionais de saúde mental.
Devido ao histórico de depressão e problemas de saúde mental, o juiz questionou a legitimidade do porte de armas de fogo por parte do homem. Após a investigação foi descoberto que Peter era um negociante de armas registrado, especializado na venda de espingardas esportivas inglesas e escocesas.
Ao preencher os formulários referente a documentação para portar armas, o homem teria respondido com um ‘não’ às perguntas referentes a problemas de saúde mental.
Conforme divulgado pela polícia, a região de Suffolk possui “21.295 portadores certificados de armas de fogo e espingarda”, eles também informaram seguir com os procedimentos e diretrizes nacionais para emissão de porte de arma.
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“Temos uma equipe de oficiais de investigação de armas de fogo que conduzem visitas domiciliares e entrevistas com todos os candidatos no momento da concessão inicial. Eles estão sujeitos a avaliações de risco no momento da renovação”, declararam.
A polícia também afirmou “visitar” os detentores de porte de arma a qualquer momento em julguem necessário ou em que houver informações que “coloquem em questão sua adequação para posse de armas de fogo”.
Peter agora aguarda pelo julgamento e sentença, que estão previstos para 13 de outubro.
Casos e denúncias de violência doméstica aumentaram com a pandemia
Com a pandemia, o número de denúncias e de casos de feminicídio e assassinatos no ambiente familiar aumentou significativamente.
Recentemente outro caso ganhou notoriedade na mídia quando a jovem Carla Mariana Díaz esfaqueou e matou o namorado após sofrer repetidas agressões por parte dele.
Você poderá acompanhar este caso na íntegra através do site de notícias Nova Mulher.