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Universidade afegã separa estudantes homens e mulheres com uma cortina

Cenas foram capturadas dentro de uma universidade após o Talibã retomar o governo do país.

Homens e mulheres são separados por cortinas em Universidade afegã
Homens e mulheres são separados por cortinas em Universidade afegã Imagem: Social media handout/via REUTER (SOCIAL MEDIA/via REUTERS)

Os estudos universitários no Afeganistão estão sendo retomados gradativamente após o Talibã a assumir o governo do país. Neste momento de retomada, uma foto mostrando estudantes homens separados das mulheres por uma cortina na sala de aula de uma universidade foi compartilhada na internet.

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Segundo reportagem do The Mirror, as fotos são supostamente de uma sala de aula na Universidade Ibn-e Sina. Apesar das cenas, a segregação entre mulheres e homens no ambiente de estudos não é uma exigência da lei islâmica.

Homens e mulheres são separados por cortinas em salas de aula – Imagem: Social media handout/via REUTER (Social Media/via REUTERS)

No entanto, o comportamento é visto como algo tradicional para o governo Talibã que só permite a presença das mulheres acompanhadas de homens da própria família.

Após a retomada de poder pelo grupo extremista, o representante do Talibã, Suhail Shaheen declarou que as mulheres terão permissão para trabalhar e receber educação até o nível universitário.

“Nossa política é clara, elas podem ter acesso à educação e ao trabalho, isso é uma coisa. Elas podem ocupar cargos, mas essa posição que podem ocupar está à luz do governo islâmico, portanto há uma estrutura geral para elas”, declarou.

Apenas alguns dias após esta declaração, relatos de mulheres sendo rejeitadas em locais de trabalho e universidades voltaram a surgir por todo o país.

Talibã afirma que mulheres poderão frequentar a universidade, seguindo a lei islâmica

Com medo do governo Talibã, muitas mulheres vestiram burcas e estavam entre as milhares de pessoas que tentaram fugir do país. Heather Barr, da organização Human Rights Watch, declarou que os combatentes “Dizem às mulheres que não podem sair de casa sem estarem acompanhadas por um homem da família”.

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Heather ainda reforça que “As mulheres estão sendo forçadas a deixar seus empregos. São mulheres que trabalham como profissionais formadas há muito tempo”.

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No governo anterior do Talibã, na década de 1990, a educação das mulheres foi proibida. Com a retomada de poder pelo grupo extremista os temores de uma nova proibição tomaram conta da sociedade afegã.

Em uma coletiva de imprensa, Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, disse que as mulheres são uma parte “importante” da sociedade e que seus direitos seriam respeitados pela Sharia.

Diversos protestos foram realizados pelas mulheres afegãs, pedindo ao talibã que proteja os direitos humanos das mulheres. Imagens mostraram o momento em que mulheres seguram cartazes pedindo pela continuidade do direito à educação e a empregos decentes.

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