O caso aconteceu no último dia 14, em uma loja da Zara localizada no shopping Iguatemi de Fortaleza. A delegada Ana Paula Barroso, diretora adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), disse ter sido barrada após tentar entrar no local.
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Conforme notícia divulgada pelo portal Diário do Nordeste, o inquérito está sob análise da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza.
Neste domingo, a PC-CE foi até a loja para cumprir um mandato de busca e apreensão. No mandato estava previsto o recolhimento de equipamentos de registo de vídeo, com as respectivas gravações da data em que ocorreu o caso.
Segundo Ana Paula, ela foi impedida de permanecer no estabelecimento por um segurança da loja que alegou “questões de segurança”.
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A delegada Anna Nery, da Delegacia de Defesa da Mulher, é uma das responsáveis pela investigação do caso. Segundo ela, Ana Paula chegou ao local por volta das 21 horas, consumindo um sorvete. Ao tentar entrar na loja ela foi barrada pelo segurança do estabelecimento ao qual questionou se o motivo do impedimento era o sorvete.
Segundo Anna, a vítima questionou outro segurança sobre o motivo do impedimento e a resposta foi de que o sorvete não era a razão. O homem ainda solicitou a presença do chefe de segurança do shopping no local. Por sua vez, o chefe da segurança reconheceu a delegada por já ter trabalhado com ela anteriormente.
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Delegada foi vítima de Racismo em loja da Zara
Após ser acompanhada por outros dois seguranças, Ana Paula voltou a loja onde avistou o funcionário que impediu sua entrada no estabelecimento,
“Ele já foi logo dizendo que não tinha nenhum preconceito, que tinha várias amizades gays, lésbicas e trans. Quando ele fala isso, de forma velada, já mostra que tem preconceito. Essas declarações foram dadas no BOE e ratificadas pelo chefe de segurança. Depois ele pediu desculpa e ela saiu extremamente abalada”, declarou Anna Nery.
Após solicitar a cooperação da loja em ceder as imagens do ocorrido, a investigadora informou que a administração alegou que primeiro iria “consultar a assessoria jurídica”. Após não receber retorno, uma equipe da PC-CE compareceu o local para executar um mandato de busca e apreensão.
Os vídeos foram enviados à Perícia Forense para avaliação e checagem de possíveis adulterações. Enquanto os vídeos seguem em análise, testemunhas e pessoas envolvidas no caso seguem prestando depoimentos.
Em nota divulgada pela Polícia Civil foi reforçado que a apreensão das imagens só ocorreu após a recusa da Zara em fornecer o material solicitado.