O Ministério da Defesa do Reino Unido ordenou uma investigação após o vazamento de dados envolvendo endereços de e-mail de cerca de 250 intérpretes afegãos que trabalharam para as forças britânicas.
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Segundo reportagem publicada pelo The Mirror, o secretário de defesa, Ben Wallace, solicitou a realização de uma investigação interna após ser alertado do vazamento, que pode colocar em risco a segurança dos intérpretes.
O contato dos trabalhadores pode ter vazado após um erro no envio de um e-mail que listou os intérpretes em cópia, ao invés de cópia oculta. Fazendo com que seus dados ficassem visíveis a todos os inclusos na lista de envio.
Conforme a publicação, o secretário de defesa diz ter ficado “furioso” ao saber sobre o vazamento dos dados e pediu desculpa a todos que tiveram seus dados e identidades vazados. Segundo ele, um membro da equipe do ministério foi “suspenso enquanto aguarda a investigação”.
Dados pessoais de 255 intérpretes foram vazados
Um dos afetados disse, em entrevista ao Daily Mail, ter ficado chocado ao receber um e-mail contendo abertamente seus dados pessoais.
“Foi um erro tão grande. Minha segurança foi comprometida novamente. Não respondi porque vi que era endereçado ‘a você e 254 pessoas’. Mas mesmo se eu excluir o e-mail, como eles instruíram, o que acontece com os outros 254? Seus e-mails foram todos excluídos? Nossos dados de contato pessoais agora estão disponíveis. Quem sabe quem mais os verá e o que vão fazer?”, declarou.
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O homem também relatou ter sido espancado por combatentes do Talibã ao tentar fugir do país com sua esposa e filho.
“Para ser honesto, me sinto traído. Eles poderiam ter feito mais por pessoas como eu e muito antes. Se tivesse acelerado o processo de evacuação, teriam recebido mais pessoas que realmente mereciam sua ajuda, fora do Afeganistão”.
Ele ainda disse que vive junto a sua família no ‘limbo’ enquanto são protegidos por amigos. Nem todas as pessoas elegíveis para a Política de Relocação e Assistência Afegã foram evacuadas até o final do prazo, em 31 de agosto. Muitos ainda permanecem no país aguardando por orientações.