Seis pessoas morreram após um tiroteio nas ruas da capital libanesa. Acredita-se que o tiroteio esteja relacionado com as manifestações a respeito de uma explosão que vitimou 200 pessoas em um porto de Beirute.
Conforme reportagem publicada pelo The Mirror, este foi o episódio mais violento da história de Beirute nos últimos anos. Relatos informam que as balas ricochetearam em edifícios enquanto as pessoas tentavam se proteger dos disparos, que aconteceram por mais de horas.
Segundo Bassam Mawlawi, ministro do Interior, os atiradores abriram fogo apontando as armas para as cabeças das pessoas. Uma testemunha afirmou que os professores de uma escola foram forçados a pedir para os alunos se deitarem no chão e colocar as mãos sobre as cabeças para se protegerem dos disparos.
O Hezbollah, com apoio do Irã, e o Movimento Amal xiita acusaram as Forças Libanesas (FL), um partido cristão que é aliado a Arábia Saudita, de atacar seus apoiadores que estavam reunidos em uma manifestação.
Os manifestantes estavam pedindo pela remoção do juiz que investiga a explosão no porto de Beirute que vitimou 200 pessoas no ano passado. Em pronunciamento, a LF negou qualquer envolvimento e condenou a violência.
Inicialmente, o exército disse que os tiros tiveram como alvo os manifestantes enquanto eles passavam pela rotatória de Teyouneh que divide os bairros cristãos e xiitas. Em determinado momento, ocorreu uma troca de tiros.
Ao menos seis pessoas foram mortas no tiroteio em Beirute
As mortes aconteceram após diversos avisos do Hezbollah e de seus aliados, informando que ao continuar com a investigação o país seria dividido. O juiz Bitar, responsável pelas investigações da explosão, tentou questionar diversos políticos e figuras públicas que são suspeitos de negligência.
A explosão foi causada por uma grande quantidade de nitrato de amônio e uma das maiores explosões não nucleares já registradas.
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Segundo Michel Aoun, presidente do Líbano, os responsáveis pelo tiroteio serão devidamente identificados. Em um discurso televisionado ele alegou que a utilização de armas “como meios de comunicação” é algo inaceitável entre os grupos rivais.
O tiroteio ocorreu no bairro cristão de Ain el-Remmaneh, e as vítimas eram todas xiitas. Até o momento, nove pessoas foram presas suspeitas de estarem envolvidas no tiroteio. Embora nenhum dos membros do Hezbollah tenha sido alvo das investigações de Bitar, o grupo acusa o juiz de conduzir uma investigação com viés político e focada somente em pessoas de interesse.