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Um homem de 62 anos foi a julgamento após ser acusado de abusar sexualmente de sua filha por, ao menos, 16 anos. Em julgamento, o homem se declarou culpado de 9, das 54, acusações direcionadas a ele.
Conforme notícia divulgada pelo The Mirror, a maior parte dos crimes aconteceu na residência da família, em Dublin, Irlanda.
De forma inesperada, sua esposa e seus outros filhos ficaram em defesa do homem durante o julgamento, enquanto a vítima não compareceu ao tribunal para se preservar.
Durante a audiência, a promotora, Fiona Murphy, apresentou as provas contra o homem. Um policial foi responsável por relatar as declarações feitas pela vítima quando procurou a polícia para denunciar o abuso.
Segundo informações divulgadas no julgamento, a vítima foi à polícia em julho de 2016 e expôs o abuso sofrido por ela nos últimos 16 anos.
Ela descreveu “brincar com suas bonecas” aos sete anos de idade quando foi violentada pela primeira vez. Conforme seus relatos, o pai costumava registrar áudios do abuso e utilizava as gravações para ameaçá-la, dizendo que “editaria as gravações para fazer parecer que ela estava gostando”.
Conforme depoimento da mulher, seu pai costumava chamá-la enquanto ela brincava com seus amigos e dizia que “todos os seus amigos tinham uma relação especial com o pai”, justificando que eles também passavam pelos abusos, mas que ela não deveria conversar com eles sobre isso.
Em determinado momento, ela afirma ter acreditado que ele estava tentando protegê-la, porque “era isso que os pais deveriam fazer”.
Ainda em seu relato à polícia, a vítima alegou que, aos 18 anos, foi forçada a posar para fotografias sexualmente explícitas sob a justificativa de que as imagens seriam utilizadas para “um projeto de arte”.
Apesar das provas apresentadas, parte da família ficou ao lado do acusado
Em defesa do acusado, o advogado John Fitzgerald declarou que tanto a esposa quando os demais filhos do homem permaneceram ao seu lado durante todo processo. Entre as referências entregues por ele, foram lidos relatos o descrevendo como “um pai fantástico”.
O advogado ainda argumentou que sabia da dificuldade em conciliar estas declarações diante das evidências apresentadas pela mulher. Segundo ele, a infância de seu cliente foi violenta dentro de sua família, sendo ele próprio uma vítima de abuso sexual fora de casa.
A defesa ainda reforçou que o homem procurou aconselhamento junto com sua família após o abuso se tornar público, ato que a família considerou a seu favor. Um relatório psicológico forense atestou que o risco de reincidência do crime é baixo, ao mesmo tempo que destacou uma limitação para a compreensão sobre o crime cometido.
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“Ele tinha dificuldade em reconhecer a extensão e a frequência dos abusos. Ele aceita que tem essa visão e manifestou o desejo de obter um melhor entendimento”, afirma o advogado que pediu ao juiz que leve em consideração o histórico de violência e abuso sofrido por seu cliente.
Por conta de sua condição emocional, a mulher não compareceu ao tribunal para assistir à apresentação das provas. Em uma declaração ela disse que foi mentalmente, emocionalmente e fisicamente torturada pelo homem.
“Senti vergonha”, declarou a vítima, que diz não conseguir entender como sua família pode aceitar as acusações.
Segundo provas apresentadas, a primeira tentativa de tornar o caso público aconteceu em 2013, quando a mulher relatou o ocorrido a sua mãe e recebeu uma mensagem como resposta: “Não posso acreditar que isso aconteceu. Eu te amo muito e te apoio totalmente”.
A divulgação da sentença está agendada para 23 de novembro.