Leon Brits, de 41 anos, foi encontrado morto em uma piscina localizada em uma das propriedades de sua família. A comunidade de Pofadder, na África do Sul, logo se surpreendeu quando descobriu que a esposa do homem foi responsável por encomendar o crime.
Conforme notícia publicada pelo The Mirror, Leon era proprietário do Pofadder Hotel há mais de 20 anos. Localizado na província de Northern Cape, o local é conhecido por sua atmosfera intimista e amigável. No entanto, em 2020, um crime chocou a comunidade que conhecia a história do hotel e da família Brits.
Leon era casado com Suretha, de 31 anos, e juntos eram pais de três crianças pequenas. Por este motivo, dividiam seu tempo entre o hotel e sua casa em Kakamas, onde passavam a semana para que as crianças frequentassem a escola.
Em 7 de outubro de 2020, enquanto trabalhava no hotel, Leon recebeu um telefonema pedindo para que ele fosse até uma de suas propriedades na região para fechar os cachorros e permitir que os funcionários limpassem o local. Esta foi a última vez em que Leon foi visto com vida.
Ele deixou a propriedade para atender uma ligação
Após seguir para uma das casas com a intenção de trancar os cachorros para os funcionários continuarem com a limpeza do local, Leon desapareceu misteriosamente.
Quando ele não retornou, sua esposa tentou contato telefônico e se preocupou ao não ser atendida. Ela então seguiu para a propriedade durante a hora de seu almoço para procurar pelo marido, o qual encontrou flutuando na piscina, já sem vida.
A princípio, o caso parecia se tratar de um roubo seguido de morte, uma vez que diversos pertences foram levados do local.
Após o crime, a polícia trabalhou com diversas hipóteses na investigação. Fora levantadas possibilidades de roubou e vingança por parte de funcionários do hotel que recentemente haviam discutido com o proprietário.
Em pouco tempo os investigadores prenderam três suspeitos para investigação, entre eles Jacques Ban Vuuren. Diante das prisões, a comunidade local se deu por satisfeita, mas logo se surpreenderam ao descobrir que o homem se tornou uma testemunha determinante para a resolução do caso.
Em Março de 2021, Van Vuuren confessou ter cometido o assassinato de Leon após ser contratado pela esposa do falecido.
Amizade e crime
O homem, que se considerava um amigo de Suretha Brits, confessou que o crime foi idealizado por ela. Segundo seu depoimento, a mulher teria contado a ele que era vítima de violência doméstica e que o marido estava tendo um relacionamento extraconjugal.
Para convencê-lo, ela declarou que Leon estava ameaçando tomar a guarda dos filhos e todos os seus bens caso ela entrasse com um pedido de divórcio. Com isso, a mulher pediu a Van Vuuren que contratasse assassinos de aluguel para matar seu marido.
Com apoio de outras duas pessoas, e um valor de 24 mil libras (aproximadamente 180 mil reais), eles começaram a preparar para que a cena do crime fosse similar a um roubo seguido de morte.
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Van Vuuren afirmou que se sentiu forçado a ajudar no crime por sentir que sua vida estava em perigo caso se recusasse a participar, mas, por não querer realizar o ato, optou pela contratação de outras duas pessoas que foram responsáveis por assassinar o empresário.
Após confessar sua participação no crime, Van Vuuren foi condenado a 25 anos de prisão, dos quais ele deverá cumprir 20 em regime fechado.
Suretha, por sua vez, foi condenada a 40 anos de prisão após confessar sua participação no crime. Os abusos, referidos por ela como a motivação para o crime, não foram comprovados por meio da investigação policial.
Os demais envolvidos seguem aguardando julgamento.