O Centro Nacional de Segurança Cibernética (NCSC) orientou as empresas do Reino Unido a reforçarem sua segurança cibernética. O alerta veio após relatos de “incidentes cibernéticos maliciosos” na Ucrânia, enquanto as tensões com a Rússia crescem cada vez mais.
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Conforme a publicação feita pelo The Mirror, apesar de não ter identificado uma ameaça direta ao Reino Unido, a NCSC reforçou que a solicitação busca “colocar as empresas um passo a frente no caso de uma possível ameaça”.
Paul Chichester, diretor de operações do Centro, declarou que: “O NCSC está comprometido em aumentar a conscientização sobre as ameaças cibernéticas em evolução e apresentar medidas acionáveis par mitigá-las”.
Ele ressalta que, no presente momento, não foram registradas ameaças cibernéticas especificas ao Reino Unido, diferentemente da Ucrânia, onde incidentes recentes mostraram o impacto de ataques cibernéticos.
“Ao longo de vários anos, observamos um padrão de comportamento malicioso russo no ciberespaço. Os incidentes recentes na Ucrânia trazem marcas de atividade russa semelhante ao que observamos antes”.
Orientação e prevenção
Com as declarações, o NCSC busca incentivar as organizações a reforçarem suas defesas cibernéticas para evitar um ataque.
Medidas como patches; melhorias nos controles de acesso com autenticação em múltiplos fatores; planos de resposta para incidentes; uma verificação constante, e efetiva, nos sistemas e mecanismos de backup e restauração e outras medidas de reforço da segurança estão entre as recomendações do NCSC para as empresas.
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Além disso, caso uma organização seja alvo de um ataque cibernético, ela deverá imediatamente reportar o caso às autoridades responsáveis pela fiscalização e gerenciamento de incidentes.
A recomendação foi feita em um momento em que a Rússia declarou que os EUA não estavam dispostos a abordar suas principais preocupações no que diz respeito a situação envolvendo a Ucrânia.
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Apesar do impasse, os EUA e a OTAN enviaram respostas às reivindicações russas sobre a revisão dos acordos de segurança feitos após o término da Guerra Fria.
Por outro lado, Dmitry Peskov, porta-voz russo, afirma que Moscou precisa de tempo para revisar a documentação, mas não se mostra otimista após as declarações feitas pelos EUA recentemente, nas quais consideravam as exigências russas algo inaceitável.
Ambos esperam que a diplomacia prevaleça e que as negociações possam ser retomadas de forma amigável.