O vídeo que mostra uma cena inesperada após um resgate de cobrase tornou viral nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver como uma cobra regurgita outra completa ao ser submetida ao estresse.
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De acordo com o Correio Braziliense, a cobra-coral verdadeira, que são conhecidas por ter um veneno extremamente forte, vomitou uma inofensiva cobra d’água após devorá-la.
O caso ocorreu no último domingo (13) e quem compartilhou as imagens do momento foi biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama).
A cobra-coral foi resgatada em Jaraguá do Sul, norte de Santa Catarina. É importante recordar que as cobras corais causam acidentes graves, pois sua picadura pede auxílio médico imediato, uma vez seu veneno causa sérios danos ao sistema nervoso e coração.
Quem é picado, logo apresenta dificuldades para abrir os olhos, a visão apresenta-se dupla e ocorre sufocação, problemas que só podem ser remediados com a aplicação de soro antiofídico em um hospital.
Mas afinal, a “cobra canibal” é uma raridade na natureza?
“Essa cobra acabou de ser resgatada aqui em uma casa e ela está vomitando outra cobra! Como as pessoas tentaram matar ela e até mesmo com o próprio procedimento de resgate, apesar de ser feito com todo cuidado, ela ficou estressada e isso faz com que ela regurgite o alimento”, explicou o biólogo.
Cobras como as sucuris, podem predar e comer os machos, menores que elas e mais vulneráveis no momento de acasalamento. No entanto, cobras machos também comem umas às outras com uma frequência impressionante.
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Em um estudo apontado pela National Geographic, sugere que o comportamento de cobras canibalizando seus próprios parentes é algo que acontece regularmente, mas na maioria das vezes, acredita-se que essas cobras predam outras espécies.
Algumas cobras podem inclusive comer outras que já estão mortas. Muitas espécies de cobras caçam outras e, a cobra-rei, por exemplo, fez das serpentes a maior parte de sua dieta.
Ao observar o comportamento canibal dos machos de algumas espécies, outro ponto importante se tornou evidente; eles podem exterminar rivais.
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“Podemos ser tentados a assumir que os efeitos da ofiofagia neste grupo são menores, mas eventos relativamente raros às vezes podem ter implicações profundas. Comer um único competidor pode, de fato, significar a diferença entre sobreviver ou garantir um acasalamento”, pontou o pesquisador William Hayes.
O artigo também sugere que o canibalismo de cobras pode desempenhar um grande papel na estruturação de comunidades, pois determina o tipo e o tamanho das cobras encontradas em uma determinada área, acirrando ainda mais a sobrevivência.
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