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Estudante de 22 anos deixa a universidade para ajudar a defender a Ucrânia

Maryna Mazur retornou para a Ucrânia com a intenção de ajudar a proteger seu país, mesmo que precise ‘matar o maior número possível de russos’ para isso.

Maryna retornou à Ucrânia para ajudar a defender seu país
Maryna retornou à Ucrânia para ajudar a defender seu país (Reprodução / Twitter @chikistrakiz)

Uma jovem estudante ucraniana está retornando ao seu país para se alistar nas forças de defesa contra a invasão russa. Maryna Mazur, de 22 anos, cursava administração em uma universidade de Berlim, na Alemanha.

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Conforme a publicação feita pelo The Mirror, a jovem retornou à Ucrânia para ajudar a defender seu país e está se preparando para “matar o maior número possível de russos” se isso significar salvar vidas de inocentes ucranianos.

Antes de tomar essa decisão, a jovem cursava administração em uma universidade de Berlim e pretendia seguir os passos de seu pai, um empreendedor de sucesso.

De forma decidida, Maryna afirma: “Quero entrar na luta. Nada importa agora além da minha família permanecer viva... e de matar quantos russos eu puder”.

“Geralmente sou uma pessoa pacífica, não quero que ninguém morra. Por outro lado, não tenho sentimentos por quem entra no nosso país e mata nossos filhos. Sei que será difícil fazer isso, mas estou pronta”.

Ela retornou à Ucrânia para se alistar e ficar perto de sua família e amigos

Quando os conflitos começaram, Maryna estava em Berlim com sua mãe, Lilila, que havia viajado para comemorar o aniversário da filha. Após saberem do início da invasão as duas decidiram retornar prontamente.

“Eu não poderia ficar segura no meu apartamento na Alemanha e tomar café todos os dias enquanto isso tudo está acontecendo”.

—  Maryna Mazur

Para ela, não foi uma decisão difícil de ser tomada. “Minha família e amigos estão todos na Ucrânia. É melhor voltar, estar com eles e morrer com eles, do que ficar em segurança na Alemanha”.

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“Para muitos isso é estupidez porque temos a visão de cuidar de si primeiro e depois ajudar os outros, mas eu não consigo, preciso ajudar”, explica a jovem.

Segundo ela, seus pais entendem e apoiam sua decisão. “É perturbador, mas se salvar a vida de outra pessoa, estou preparada para morrer. Estou disposta a dar a minha vida para salvar os outros. Vou desistir do meu corpo e da minha alma pela liberdade”.

Jovens estão se alistando mesmo sem experiência em combate

Apesar de sua decisão, Maryna admite não ter experiência de combate e nunca ter disparado uma arma, mas diz que conhece outras mulheres que se uniram às tropas de defesa após receberem um treinamento de poucos dias.

Além de ajudar na frente de batalha, ela pretende auxiliar na fabricação de coquetéis molotov para ajudar na defesa.

Leia também: Homem viaja para passar férias na Ucrânia e é convocado pelo exército

Para o futuro, Maryna não espera voltar à universidade e não sabe o que fará se sobreviver à guerra. “Nossa cidade perto de Kiev está sendo ocupada, não sabemos se nossa casa ainda está de pé”.

“Não tenho mais planos para o futuro, espero ainda estar viva, mas não acho que vou voltar aos estudos ou a minha vida normal”.

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