Grandes empresas do ramo alimentício estão interrompendo suas operações na Rússia como forma de posicionamento diante da invasão realizada pelas tropas russas na Ucrânia. Coca-cola, Starbucks e McDonald’s anunciaram sua adesão ao movimento que já conta com marcas como Apple, Netflix e Levi’s.
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Conforme a publicação feita pelo The Mirror, após a pressão internacional, as marcas optaram por interromper suas operações na Rússia como forma de posicionamento contra a operação militar realizada por Putin na Ucrânia.
As empresas estavam sendo acusadas de priorizarem seus lucros em detrimento da justiça, uma vez que outras grandes marcas prontamente interromperam suas operações no país após o início da guerra.
Em um comunicado, a Coca-cola declarou: “Nossos corações estão com as pessoas que sofrem os efeitos inconcebíveis dos eventos na Ucrânia. Continuaremos a monitorar e avaliar a situação à medida que as circunstâncias avançam”.
Pouco tempo depois, a Starbucks também se pronunciou, confirmando o fim das operações na Rússia.
A esperança das empresas é de que as medidas tomadas por eles auxiliem a mostrar o consumidor russo que as alegações feitas pelo Kremlin para justificar a invasão são falsas.
McDonald’s tornou pública sua decisão de interromper as operações no país
Chris Kempzinkski, presidente-executivo do McDonald’s, enviou um e-mail para a equipe informando sobre o posicionamento da marca diante da situação.
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“O conflito na Ucrânia e a crise humanitária na Europa causam um sofrimento indescritível. Como sistema, nos juntamos ao mundo condenando a agressão e a violência e oramos pela paz”.
“Nos últimos dias conversei muito com diversa pessoas a respeito da nossa operação na Rússia. A situação é extraordinariamente desafiadora para uma marca global como a nossa. Por 66 anos nós trouxemos a crença de que as comunidades se tornam melhores quando tem um McDonald’s por perto”.
Segundo o comunicado, mais de 62 mil pessoas trabalham nos restaurantes da marca espalhados pela Rússia, além de terem sido firmadas diversas parcerias com fornecedores locais para o abastecimentos das franquias no país.
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“Nos tornamos uma parte essencial das 850 comunidades em que operamos nestes 30 anos que estamos atuando na Rússia”, continua o comunicado.
“Ao mesmo tempo, nossos valores significam que não podemos ignorar o sofrimento humano desnecessário”.
No pronunciamento, Kempzinkski ainda reforça que os funcionários afetados pela situação continuarão a receber seus salários normalmente e que a fundação Ronald McDonald continuará operando na Rússia e na Ucrânia.