No dia 7 deste mês, a jovem Anna Caroline Valença Oliveira, 26, de Sorocaba – SP, foi agredida pelo marido enquanto discutiam e chegou a ser entubada. Ela ficou internada até a quarta-feira (9) desta semana, mas não resistiu e morreu. De acordo com a mãe de Anna, a vítima tentou de defender das agressões e trancou a filha, juntamente com a irmã para que não presenciassem as cenas de violência que ela sofreu. O crime ocorreu Vila Santista, São Paulo. Informações são do portal de notícias G1.
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O boletim de ocorrência contou que o suspeito agrediu Anna com socos, resultando na queda da jovem no chão da cozinha. Além disso, o agressor causou uma hemorragia interna na vítima após dar chutes em sua barriga até que seu intestino fosse perfurado. “Ela perdeu muito sangue, morreu de infecção generalizada. A Carol prendeu as duas dentro do quarto para elas não verem. Ela tentou se defender, mas ele bateu tanto nela que ela só conseguiu gritar para a irmã dela chamar o resgate. Ele deixou minha filha jogada no chão como se fosse nada”. A irmã de Anna, de 12 anos de idade, teria acionado o Samu após o ocorrido.
Relato da mãe da vítima
Priscila Valença Reis, 41, mãe da vítima, relatou ao G1 que sua filha nasceu em Sorocaba, mas foi para a cidade de São Paulo aos 14 anos, após o início de seu relacionamento com o suspeito de agressão. “Minha filha vivia um relacionamento abusivo há 12 anos. Ele é muito articuloso e ela nunca teve outro homem. Menina do interior, cheia de sonhos. Ele pegava os cartões dela, prendia ela dentro de casa. Se você visse o estado que minha filha estava no caixão, ficou irreconhecível”, disse a mãe ao G1.
A mãe da vítima contou que Anna tinha uma medida protetiva contra o suspeito em 2019, entretanto, a vítima reatou o relacionamento posteiormente. No mesmo dia em que a jovem foi agredida, ela teria descoberto uma traição por parte do marido e resolveu ir embora de casa. O homem que a agrediu acabou fugindo depois de cometer o crime de violência e não foi localizado. O 4° Distrito Policial de São Paulo continua investigando o caso. “Ela ia recomeçar uma vida, mas não deu tempo. Queria embora e ele não deixava porque mais uma vez ele traiu ela. Minha filha mais nova disse que ele chegou do nada e começo a bater nela. Ninguém acreditava nela quando ela chamava a polícia”, contou Priscila ao G1.
Anna Caroline possuía Síndrome de Crohn e se tratava no Hospital das Clínicas em São Paulo. De acordo com a mãe, esse pode ter sido um dos fatores que colaborou para a morte de sua filha. “Ele tinha consciência que ela tinha o intestino mais sensível e sabia que ela quase perdeu um rim. Agora ela está embaixo da terra, sozinha. Ele matou uma família toda, não matou só ela.”
Anna gostava de postar vídeos cantando e escrevia canções. A jovem tinha um grande apreço pela música e cantava em uma choperia de São Paulo, de acordo com Priscila. A mãe relatou que o sonho de Anna era cantar e que a definição para a filha era ‘vida’. “Não acredito que ela se foi, minha bonequinha.”