Cinco anos, este foi o período que Sarah McInne, uma mulher de 38 anos, da Escócia, teve que lutar para que os médicos pudessem diagnosticá-la corretamente e ao final descobrissem que o reiterado discurso de que estava “apenas ganhando peso”, era na verdade endometriose e um enorme cisto que cresceu com o tempo.
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Em sua declaração, a mãe de uma dupla de gêmeos disse que embora os sintomas de endometriose, os doutores sempre relacionaram com possíveis outras doenças: “Eu tinha ouvido tanto desculpas que comecei a acreditar nelas. Sempre foi apenas ‘Você é gorda, você é obesa, você precisa comer menos’. [...] Eles apenas disseram ‘às vezes as meninas têm que lidar com dores menstruais ruins”, relembrou.
Ao relatar sobre a difícil situação, Sarah complementou dizendo que uma médica que a atendeu chegou a questionar se ela achava que era a única mulher a ter dores menstruais.
História da mulher e visitas aos médicos
Embora acredite que o enorme cisto tenha começado a crescer a partir de 2017, McInne explicou que sente intensas dores menstruais desde 2000, agora diagnosticada corretamente com endometriose.
Devido a tal dificuldade, ela se viu impossibilitada de passar mais tempo com os 3 filhos, o que resultou em depressão pós-parto e episódios depressivos.
“Parecia que eu estava carregando uma mochila cheia de pedras e dói tanto, mas você não consegue largar. [...] Todo esse tempo lidando com minha doença e a dor nos sobrecarregaram, especialmente meu marido, Allan, que tem sido incrível”, afirmou.
A descoberta da doença
No início deste ano, após ter um salto evidente no tamanho do vestido que utilizava, Sarah buscou outro profissional que desconfiou de que algo estava errado e após os respectivos exames confirmou que ela tinha o grande cisto que já estava “esmagando” seus órgãos. “Os médicos me disseram que, porque foi deixado por anos e anos, e porque ficou preso a todos os meus órgãos, há uma chance muito alta de que possa ser cancerígeno”, afirmou a mulher.
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Depois da descoberta, mesmo com risco de 50% de não sobreviver, devido à complexidade do caso e com um documento de ciência assinado pelo marido, ela foi submetida a um procedimento no Crosshouse Hospital. No procedimento, Sarah também teve que ser submetida a uma histerectomia — cirurgia de retirada do útero — e remover parte de seu estômago.
Por fim, embora o procedimento tenha sido realizado com sucesso, Sarah ainda tem que conviver com dores, uma vez que há tumores em seu intestino que não foram retirados por sua complexidade.
“Isso desgasta minha família física e mentalmente e tirou tanto de nós que eu não posso aproveitar os dias normais de família ou qualquer coisa. Gostaria de ser normal, com uma vida normal onde pudesse ir trabalhar, sair de férias e aproveitar o tempo com meus filhos e amigos, mas não posso, e nunca poderei fazer isso, porque todos os meus sintomas foram ignorados por tanto tempo”.
Não foram revelados detalhes se a mulher entrará com alguma ação judicial contra os profissionais e centros médicos após todo o ocorrido.