Latika Bansal, uma jovem indiana, hoje com 21 anos, e sua irmã mais nova, esperaram mais de seis anos até que o tribunal do país decretou a prisão perpétua de seu pai, Manoj Bansal, pelo assassinato de sua mãe, em 2016.
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Segundo informações compartilhadas, através de uma carta escrita com seu próprio sangue, a jovem e sua irmã pediram a condenação do pai por matar a mãe queimada viva. Ela relatou à justiça que o pai costumava agredir a sua companheira por “não dar à luz a filho homem”. O sujeito condenado, por sua vez, negou as acusações e disse que sua esposa tirou a própria vida.
A trágica vida da jovem e o dia da tragédia
Em seu relato à justiça, as irmãs disseram que cresceram vendo a mãe, Anu Bansal, sendo alvo de agressões e ressaltam que ela foi obrigada a fazer 6 abortos depois que exames específicos detectaram que estava grávida de meninas.
Sobre o dia em que tudo ocorreu, elas contam que foram trancadas no quarto e que familiares — que negam a participação no crime — ajudaram o pai a atirar querosene na mãe e então atear fogo.
“Às 6h30, fomos acordadas pelos gritos de nossa mãe. Não pudemos ajudá-la porque a porta do nosso quarto estava trancada do lado de fora. Nós a vimos queimar”
— Contaram as jovens.
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Durante suas declarações ao tribunal, elas contaram ainda que ligaram para o serviço de emergência, porém tiveram as chamadas ignoradas. Então, ligaram para o tio materno e a avó, que ajudaram a levar a Anu ao hospital. A vítima chegou ao hospital com 80% do corpo atingido e devido à gravidade dos ferimentos, acabou falecendo dias depois.
A reviravolta no caso das irmãs
Depois que as, naquela época, adolescente escreveram uma carta com o próprio sangue, o caso ganhou repercussão e o ministro Akhilesh Yadav acusou a polícia local de alterar a classificação do caso de assassinato para suícidio.
Diante disso, o investigador responsável pelo caso foi suspenso e o ministro determinou uma nova análise do ocorrido.
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“Levamos seis anos, um mês e 13 dias para finalmente conseguir justiça. [...] Este é um caso raro de filhas que abrem um processo contra o próprio pai e finalmente obtêm justiça”, disse, Sanjay Sharma, o advogado que representou as irmãs.
Por fim, Sharma lembrou que “isso não é apenas o assassinato de uma mulher. É um crime contra a sociedade. [...] Não está nas mãos de uma mulher decidir o sexo de uma criança, então por que ela deveria ser torturada e punida? Isso é errado”, afirmou.