Uma jornalista argentina ficou surpresa com a resposta que recebeu ao denunciar uma agressão que sofreu durante uma transmissão ao vivo no Catar, pela Copa do Mundo.
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Segundo o portal britânico The Mirror, a repórter Dominique Metzger fazia uma entrada ao vivo para a emissora Todo Notícias em uma avenida beira-mar de Doha, capital do país árabe, na última sexta-feira (18) antes da abertura do campeonato.
Contudo, ela acabou sendo furtada durante o momento em que estava ao vivo na televisão. Dominique descobriu, posteriormente, que sua carteira com documentos, dinheiro e cartões havia sido levada.
Com isso, ela compareceu até uma delegacia para registrar o boletim de ocorrência, mas acabou se surpreendendo com a resposta que um dos policiais ofereceu a ela.
“O que quer que a justiça faça com isto? Porque vamos encontrá-lo, há câmeras de alta definição em todos os lugares”, teriam perguntado os agentes de segurança.
A pergunta foi uma surpresa completa para Dominique, que não esperava esse tipo de questionamento ao fazer uma denúncia.
“Eu pensei ter entendido mal a tradução, mas não: ficaram me perguntando que pena eu queria para o ladrão, se eu queria que ele fosse condenado a 5 anos de prisão, se eu queria que ele fosse deportado”, disse ela ao portal britânico.
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Foi quando entendeu que a tradução estava correta e tratava-se, na verdade, de uma grande diferença cultural entre as leis argentinas e catarenses.
Na maioria dos países ocidentais, as leis determinam a pena para cada tipo de crime e, quando não há tipificação, quem decide é a Justiça. Mas no Catar, é comum perguntar à vítima qual punição aplicar.
A jornalista foi pressionada pelos policias para dizer qual pena preferia, mas ela se recusou. “Eu disse a eles que só queria minha carteira de volta, não iria tomar uma decisão pelo sistema de justiça”, afirmou.
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