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Empresário mata mulher trans com tiro no rosto, mas é liberado para regime semiaberto

Homem foi condenado a cinco anos de prisão

Archivo - Los zapatos de una mujer debajo de una bandera trans durante una concentración. Alejandro Martínez Vélez - Europa Press - Archivo (Alejandro Martínez Vélez - Eur/Europa Press)

Um homem foi condenado a cinco anos de prisão após matar uma mulher transexual em Rio Verde, cidade do interior de Goiás. O réu é o empresário Milton Bernardes da Silva Neto, de 38 anos de idade.

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Segundo o portal Metrópoles, o crime aconteceu em setembro do ano passado, mas o júri divulgou sua apenas na semana passada. Apesar da decisão desfavorável, Milton deve cumprir a pena em regime semiaberto.

O juiz Fernando Marney Oliveira de Carvalho condenou o réu por homicídio qualificado, com previsão de cinco anos de prisão. Após conceder o regime semiaberto, expediu um alvará de soltura. Milton deixou o presídio na última quarta-feira (30), após um ano preso aguardando a decisão.

“Os jurados não absolveram o réu. Reconheceram o privilégio do homicídio praticado sob domínio de violenta emoção após injusta provocação, ficando prejudicados o segundo quesito de privilégio e o da qualificadora do motivo fútil”, disse o juiz.

A decisão ainda cabe recurso.

O caso

Em setembro de 2021, Milton foi até o local onde Alessandra, a mulher trans com quem faria o programa sexual. As câmeras de segurança pública registraram o momento em que o assassino encosta o carro perto da vítima, atira contra o rosto dela e vai embora.

Segundo o delegado Adelson Candeo, responsável pela investigação, o motivo teria sido o valor do programa. As travestis que testemunharam o crime disseram à polícia que o empresário as teria contratado para um programa que foi cancelado e que ele queria seu dinheiro de volta. Sem querer devolver, Milton discutiu com elas e matou Alessandra.

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Contudo, houve divergências nos depoimentos segundo o delegado. A versão de Milton diz que tinha pedido apenas uma informação a elas e as travestis invadiram seu carro, obrigado ele a dirigir até um ponto de drogas (para comprar com o dinheiro dele) e voltado ao ponto de origem.

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