Uma proeminente ativista do movimento #MeToo na China, Huang Xuequin, enfrentou julgamento por “incitar subversão ao poder estatal” juntamente com o ativista trabalhista Wang Jianbing no Tribunal Popular Intermediário de Guangzhou, conforme relataram diplomatas e um porta-voz de um grupo de campanha que pede sua libertação.
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Diplomatas de sete países ocidentais, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Países Baixos, tentaram comparecer ao julgamento como observadores, mas não foram autorizados a entrar no prédio, gerando preocupações internacionais sobre o caso.
Huang e Wang foram presos em setembro de 2021 em Guangzhou e posteriormente acusados de "incitar subversão ao poder estatal", uma acusação frequentemente utilizada pelo governo chinês contra dissidentes. A pena máxima para essa acusação é de cinco anos de prisão, a menos que sejam considerados "lideranças" ou envolvidos em "crimes graves", considerados agravantes.
Huang, uma jornalista independente que cobriu denúncias do #MeToo chinês e os protestos em Hong Kong em 2019, já havia sido detida pela polícia chinesa por três meses, no final de 2019. As acusações de subversão contra ela e Wang foram baseadas em encontros que os ativistas organizaram para discutir questões sociais com jovens chineses.
O grupo de campanha que busca a libertação dos ativistas alega que Huang e Wang foram colocados em confinamento solitário por meses e que sofreram tortura durante a detenção. Além disso, afirmam que suas famílias enfrentam pressões e ameaças por parte da polícia, o que os impede de falar abertamente sobre o caso.
A situação de Huang Xuequin e Wang Jianbing atraiu a atenção de diplomatas de diversos países, que enfatizam a importância dos direitos fundamentais e expressaram preocupações sobre a repressão de ativistas na China.