Um estudo alarmante da Universidade de Bristol revelou que a Terra enfrentará uma extinção em massa que dizimará todos os seres humanos em um período de 250 milhões de anos. Esta previsão sombria é baseada em simulações computacionais que não levaram em conta as emissões de gases de efeito estufa decorrentes da queima de combustíveis fósseis e outras atividades humanas.
De acordo com os especialistas, caso essas emissões persistam, a extinção poderá ocorrer muito mais cedo do que o previsto. Seria a primeira extinção em massa desde a era dos dinossauros, há cerca de 66 milhões de anos.
Os cálculos do estudo indicam que, após 250 milhões de anos, a Terra se transformará em um supercontinente chamado Pangeia Ultima, com temperaturas variando entre 40°C e 70°C. Essa configuração geográfica resultará em erupções vulcânicas mais frequentes, liberando grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera e aumentando ainda mais o aquecimento global.
O brilho natural do Sol também contribuirá para o aumento das temperaturas, tornando grande parte do planeta inabitável. Estima-se que apenas 8% a 16% da Terra permanecerá habitável para mamíferos, mas mesmo assim a maioria das espécies será dizimada.

A imagem acima mostra a temperatura média mensal mais quente (graus Celsius) para a Terra e o supercontinente projetado (Pangeia Ultima) em 250 milhões de anos, quando seria difícil para quase todos os mamíferos sobreviverem
O professor Benjamin Mills, coautor do estudo, destacou que a única esperança para a sobrevivência da humanidade seria a construção de abrigos ambientalmente controlados com ar condicionado e a produção de alimentos em instalações similares.

Imagem: Ankhesenamun/Unsplash
Outra possibilidade futura seria a colonização de outros planetas em sistemas solares diferentes, mas isso ainda é considerado ficção científica.
Em última análise, o destino da humanidade dependerá de nossa capacidade de controlar as emissões de CO2 e de desenvolver soluções de geoengenharia para gerenciar o clima. O estudo foi publicado na Nature Geoscience e alerta para a urgência de ações concretas no combate às mudanças climáticas, pois o futuro de nossa espécie está em jogo.

