Charles Haupert foi um homem de sorte no final de agosto deste ano, após se deparar com um animal ‘florista’ ao longo do deserto no Colorado, nos EUA: uma pika americana. Relato extraído do portal The Dodo.
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“Já os vi coletando flores antes, mas nunca fui rápido o suficiente no sorteio [com minha câmera] para colocá-lo em ação”, disse o fotógrafo ao The Dodo. “Eles estão sempre em movimento.”
Enquanto Haupert preparava sua câmera, a pika era observada saltando sobre um canteiro de flores, as colhendo pelo caminho. Quando sentiu que já tinha o suficiente, partiu com o buquê.
“[Ela] desceu a montanha, passando por pedras maiores, para esconder o que foi colhido”, disse Haupert. O fotógrafo usou a agilidade para capturar os momentos perfeitos.
Confira seus registros passando para o lado:
“Elas então desaparecem muito rápido”, disse Haupert. “Você pode ouvi-las cantando, mas às vezes são difíceis de ver.”
Após um minuto, a pika desapareceu de vista. No entanto, foi o suficiente para o fotógrafo conseguir seus raros registros.
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“Foi realmente apenas estar no lugar certo e na hora certa”, disse ele.
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Pikas americanas
Em uma postagem das autoridades do Monumento Nacional Cedar Breaks, em Utah, as pikas são uma espécie que passam os dias em afloramentos rochosos em altitudes mais elevadas, onde procuram flores silvestres para se alimentar.
No entanto, os animais costumam preservar buquês coloridos para sobreviver ao inverno, haja vista a dificuldade de encontrar flores frescas nesse período.
“[Pikas] não hibernam e coletam flores silvestres e gramíneas no verão e as colocam nas pedras ao sol para secá-las”, diz uma postagem do Park Service. “Elas fazem isso para que a comida não fique mofada durante o inverno. Elas são chamadas de ‘palheiros’ e ficam armazenadas em suas tocas [até] o inverno.”
Registrar o movimento das pikas pode ser algo raro, devido a agilidade nas coletas de flores. As pikas americanas sobrevivem melhor ao frio, sendo altamente sensíveis ao aumento das temperaturas associadas às mudanças climáticas.
Embora a espécie não tenha sido declarada como extinta, um estudo do National Park Service prevê esse acontecimento até o final do século.