Uma turma de 4ª série na Flórida (EUA) teve uma experiência aterrorizante quando seu professor de Matemática projetou o filme de terror "Winnie the Pooh: Honey and Blood" este mês. Especialistas alertam que filmes de horror podem causar sérios transtornos em crianças.
Embora seja emocionante para um adulto assistir a um filme de terror, para as crianças, ele pode resultar em ansiedade, pânico, aumento do estresse e até depressão, de acordo com a conselheira de saúde mental Catherine Del Toro, em entrevista ao USA Today.
"Seus cérebros ainda não estão completamente desenvolvidos, e eles não processam as coisas da mesma maneira que nós", explica Del Toro.
Devido às diferenças individuais das crianças, é essencial considerar a personalidade delas, exposição prévia a filmes assustadores e possíveis reações ao material.
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Individualidade
A psicoterapeuta Stephanie Sarkis afirma: "algumas crianças podem assistir a coisas assustadoras e ficarem bem. Outras não conseguirão dormir por cerca de uma semana. Isso varia".
Chelsey Cole, outra psicoterapeuta, recomenda ponderar os prós e contras antes de permitir que seu filho assista a um filme de terror. "Esse filme causará danos? Será útil de alguma forma? Se os potenciais efeitos negativos superam os benefícios, provavelmente não vale a pena".
Ela acrescenta: "mas se for um filme assustador que pode abrir oportunidades para discutir assuntos difíceis ou o que fazer em situações perigosas, talvez valha a pena se seu filho for capaz de lidar com essas questões e estiver pronto para tais conversas".
No entanto, às vezes, filmes macabros escapam, seja em uma festa do pijama ou quando os pais já foram dormir.
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Cuidado
No caso do polêmico filme "Winnie the Pooh" projetado em uma aula de Matemática, os alunos ficaram "seriamente afetados", com alguns pedindo que o filme fosse desligado, de acordo com relatos. A exibição de 20 a 30 minutos do filme não classificado gerou indignação entre os pais.
Nesses casos, especialistas aconselham iniciar conversas honestas e emocionais com as crianças sobre seus medos. A psicóloga clínica Eileen Kennedy-Moore recomenda a empatia como ponto de partida, enfatizando que é essencial não menosprezar ou fazer piadas sobre o medo das crianças.
Kennedy-Moore também sugere mostrar às crianças que os monstros malignos ou situações aterrorizantes do filme não são reais, usando vídeos no YouTube ou explicando que se trata de entretenimento ficcional.
À medida que o Halloween se aproxima, torna-se cada vez mais importante monitorar a exposição das crianças à mídia. Sarkis afirma: "não podemos prometer às crianças que sempre conseguiremos protegê-las, mas podemos dizer que sempre cuidaremos de seus melhores interesses e tentaremos protegê-las de situações prejudiciais".