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Tartarugas de Galápagos desempenham papel crucial na transformação de seus habitats

Depois de quase extinta, espécie está restaurando seus ecossistemas

As Ilhas Galápagos, um paraíso natural de biodiversidade, viram seus ecossistemas abalados no final do século XIX devido à caça furtiva, colonização e introdução de espécies invasoras, como cabras e ratos. Conforme o Mega Curioso, um projeto de conservação de décadas está mostrando como as tartarugas-gigantes-de-galápagos podem recuperar seus habitats naturais, particularmente na ilha Española.

A população de tartarugas despencou em Española, com apenas 14 indivíduos remanescentes, após a caça indiscriminada e a presença de espécies invasoras. No entanto, desde que conservacionistas iniciaram um projeto na ilha, eles conseguiram erradicar as espécies invasoras e criar as tartarugas em cativeiro. Isso resultou em mudanças notáveis no ecossistema, com o retorno de árvores e arbustos nativos.

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A reintrodução das tartarugas-gigantes-de-galápagos criadas em cativeiro tem sido um marco. Desde 2020, quase 2 mil tartarugas foram liberadas na natureza, levando a população a cerca de 3 mil.

Essas tartarugas desempenham um papel importante na transformação da paisagem, reduzindo o crescimento de plantas lenhosas e permitindo que pastagens se expandam e sementes se espalhem.

Além de beneficiar as tartarugas, essas ações de conservação também têm salvado os albatrozes-ondulados, uma espécie criticamente ameaçada de extinção que se reproduz exclusivamente em Española. Durante o período em que a ilha estava mais arborizada, conservacionistas precisavam limpar áreas usadas por essas aves como pistas de decolagem e aterrissagem. Agora, as tartarugas desempenham esse papel naturalmente.

As tartarugas-gigantes-de-galápagos são conhecidas como "arquitetas ecológicas", pois moldam a paisagem por onde passam, pisoteando arbustos e árvores jovens. Essas mudanças no ambiente têm um impacto significativo, como revelado em um estudo da Galápagos Conservancy.

Embora o progresso seja notável, ainda há trabalho a ser feito. Em 2020, a ilha Española era dominada por vegetação lenhosa em 78% de sua área, e os pesquisadores acreditam que levará muitos séculos para restaurar a proporção original de gramíneas, árvores e arbustos.

No entanto, o primeiro passo foi dado na recuperação desse ecossistema único e valioso das Galápagos.

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