No dia 1º de dezembro, o Japão celebrou a inauguração do JT-60SA, o maior reator de fusão nuclear do mundo, um passo significativo em direção à busca de fontes de energia mais sustentáveis, diz o Mega Curioso.
A era da fusão nuclear
O JT-60SA, com seu formato peculiar de rosquinha, entrou em pleno funcionamento, tornando-se o foco de atenção internacional. Inaugurado em uma cerimônia marcante, o reator representa uma colaboração notável entre o Japão e vários países, incluindo Suíça, Reino Unido, Índia, Rússia, China, Estados Unidos e, especialmente, a União Europeia.
A União Europeia desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do JT-60SA, visto como um campo de teste para tecnologias destinadas ao futuro Reator Termonuclear Experimental Internacional (ITER) na França. Esta cooperação global visa explorar a fusão nuclear como uma fonte eficiente e sustentável de energia.
Desafios e promessas
A fusão nuclear, responsável pela energia do sol, apresenta-se como uma alternativa viável, embora desafiadora. O JT-60SA busca determinar se a produção líquida de energia é possível, representando um avanço significativo para uma futura matriz energética livre de carbono.
Durante a inauguração, Marc Lachaise, diretor da Fusion for Energy, enfatizou a importância do JT-60SA no cenário internacional, destacando seu papel como uma fonte valiosa de aprendizado e colaboração para o ITER.
Para gerar energia, o JT-60SA utiliza um campo magnético intenso para aquecer o plasma a impressionantes 200 milhões de graus Celsius. Com correntes atingindo até 1 milhão de amperes, o reator é uma peça-chave no que os pesquisadores acreditam ser uma transição para a fusão nuclear total até 2035 no ITER.
O JT-60SA, portanto, não é apenas um marco para o Japão, mas um farol de esperança na busca por soluções energéticas mais sustentáveis em todo o mundo.