O impacto do tempo que os bebês passam em frente a telas, como televisões e dispositivos móveis, pode estar diretamente ligado a atrasos no desenvolvimento, alerta um novo estudo publicado no periódico JAMA Pediatrics.
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A pesquisa revela que o uso passivo desses dispositivos pode impactar habilidades essenciais, incluindo comunicação e resolução de problemas, levantando questões sobre o equilíbrio necessário na exposição de crianças a tecnologias digitais desde tenra idade.
A pesquisa, conduzida com mais de 7 mil crianças japonesas, constatou que crianças de 2 anos que tinham até quatro horas diárias de exposição a telas eram até três vezes mais propensas a apresentar atrasos em habilidades de comunicação e resolução de problemas.
Aquelas com quatro horas ou mais enfrentavam quase cinco vezes mais chances de desenvolver habilidades de comunicação subdesenvolvidas e eram mais propensas a ter habilidades motoras abaixo da média.
Yan Krukau / Pexels
Limitações e conselhos
Embora os resultados sejam impactantes, é crucial destacar as limitações do estudo. Os dados foram coletados inicialmente em 2013, e as mudanças nas tecnologias e padrões de uso podem ter evoluído desde então. Além disso, a pesquisa não diferencia entre tipos de conteúdo, deixando uma lacuna na compreensão dos efeitos de programas educacionais em comparação com entretenimento.
O Dr. Jason Nagata, professor associado de pediatria na Universidade da Califórnia, San Francisco, alerta que "nem todo tempo de tela é igual". Ele destaca que os resultados representam uma associação, não uma causalidade. Portanto, enquanto os resultados são informativos, não devem ser a única base para decisões sobre o tempo de tela infantil, afirmam os pesquisadores.
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O estudo destaca a importância do monitoramento consciente do tempo de tela infantil. Embora não exista uma relação direta de causa e efeito, os pais e cuidadores são aconselhados a equilibrar o tempo de tela com atividades interativas e educacionais para garantir um desenvolvimento saudável das crianças.
A mensagem central é clara: é essencial repensar a exposição digital na infância, promovendo ambientes ricos em interação e aprendizado, enquanto se mantém um equilíbrio sensato no uso de dispositivos digitais. Cuidados conscientes desde tenra idade podem moldar positivamente o desenvolvimento infantil e preparar as gerações futuras para um mundo cada vez mais digital, como lembra o New York Post.