O desaparecimento de Madeleine McCann é um dos casos sem solução que segue causando indignação ao redor do mundo. A menina britânica de 3 anos foi dada como desaparecida em 2007 durante uma temporada de férias com sua família em Portugal, e desde então foi feito um grande esforço para localizar seu paradeiro.
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Ao longo de 2023 o caso voltou a repercutir mundialmente depois que a jovem Julia Wandelt criou uma conta no Instagram com o nome “@iammadeleinemccan” por meio da qual estava decidida a provar que era, na verdade, a jovem desaparecida.
O perfil, que foi desativado, contava com uma série de possíveis indícios que levavam a crer que Julia e Madeleine poderiam ser a mesma pessoa. Com isso, diversas pessoas se dedicaram a comparar as evidências e a analisar o caso na esperança de dar um desfecho a história.
Conforme publicado pelo G1 Mundo, em entrevista à BBC News Julia explicou em detalhes quais foram as suas motivações para iniciar as publicações no perfil. Segundo ela, tudo teve início quando, durante as sessões de terapia, percebeu alguns lapsos em suas memórias de infância.
Na tentativa de sanar estes lapsos, Julia conta que pediu a família imagens que mostrassem períodos específicos de sua infância, como a gravidez de sua mãe, e que diante da negativa ela passou a acreditar ter sido adotada, ou até mesmo sequestrada.
Ela realmente acreditava ser Madeleine McCann
Enquanto tentava buscar respostas para seus lapsos de memória, que segundo os psicólogos podem ser causados por eventos traumáticos da infância, Julia se deparou com o caso de Madeleine McCann, e afirmou não ter conhecimento do desaparecimento da menina britânica antes de iniciar suas pesquisas por não ser um caso que foi amplamente divulgado na Polônia.
Foi por meio de um perfil dedicado a pessoas desaparecidas, que a jovem acreditou ter encontrado um elo entre sua história e a de Madeleine: Ela pensou ter reconhecido um dos homens apontados como suspeito do caso.
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“Sei coimo meu agressor se parece. E eu sei que é muito, muito semelhante aos suspeitos da página de Madeleine McCann”, declara a jovem que afirma ter sido vítima de abusos durante a infância.
Mas foi somente ao notar uma semelhança física com Madeleine que Julia passou a ativamente acreditar que era a menina: as duas possuem coloboma da íris, uma anormalidade rara que gera uma fenda na íris alterando o formato da pupila.
Tentativas de contato e pedidos de ajuda
Em dúvida sobre sua identidade, a jovem tentou contato com a polícia da Polônia e do Reino Unido, mas não recebeu suporte de nenhum dos dois órgãos, o que a fez busca pelo apoio popular.
Após conquistar o apoio de muitos, e até mesmo sofrer ameaças de morte feitas por outros, a jovem fez um teste de DNA mesmo sem o apoio de seus familiares e da família McCann. O resultado comprovou que ela na realidade não era Madeleine.
“Pedi desculpas aos McCanns porque não os conheço pessoalmente. Não sei se eles estavam assistindo essa jornada, se estavam tristes ou o que quer que seja. Eu só queria pedir desculpas”, afirma.
“Eu realmente queria saber quem eu sou, e sabia que isso poderia fazê-los se sentir tristes”, finaliza a jovem de 22 anos.
Um dos suspeitos deve ser julgado em breve
Apesar do empenho em tentar desvendar o que realmente ocorreu com a menina britânica, o caso segue sem respostas Uma das últimas pistas divulgadas sobre a investigação levou a Christian Brückner, considerado suspeito de raptar e matar Madeleine.
O homem, que está preso após ser condenado em um caso de estupro, deve ser submetido a julgamento pela Justiça alemã no próximo dia 16 de fevereiro. Ele será julgado por outros crimes sexuais, sendo que 3 envolvem menores de idade.
Até o momento não foi esclarecido o que ocorreu com Madeleine.
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