Numa manhã de segunda-feira, voluntários se reúnem para algo mais do que assar pães - estão moldando a solidariedade. A iniciativa ‘Bread Mondays’ em Fredericton, Canadá, liderada por Alex Boyd, CEO de um banco de alimentos, transformou-se em um projeto terapêutico e altruístico. Ao sovar a massa, os participantes não apenas produzem pães, mas também alimentam memórias e espalham alegria.
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Uma iniciativa que floresceu na pandemia
Alex Boyd, impulsionado pela necessidade de ajudar durante a pandemia, começou a ensinar online como fazer pão. O projeto evoluiu para aulas presenciais, onde voluntários assam mais de 800 pães mensalmente, com a meta ambiciosa de distribuir 10 mil pães este ano. O ingrediente secreto? Amor.
Do universo virtual para a realidade
O CEO do Greener Village inicialmente gravou aulas online sobre a arte de fazer pão. Contudo, com a pandemia controlada, em 2023, Boyd decidiu expandir para aulas presenciais. O ato de cozinhar e compartilhar pães tornou-se mais do que uma atividade online; tornou-se um vínculo real com a comunidade.
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Terapia na massa
Participar do projeto ‘Bread Mondays’ não é apenas uma questão de produzir alimentos; é uma terapia. Gary Farrah, um voluntário de 60 anos, descreve a experiência como relaxante, envolvendo não apenas a sensação das mãos na massa, mas também a satisfação de ajudar os outros. Todos os voluntários aprendem com o chef Yves Dacheine, que adapta a receita de pão de sua avó, transmitindo uma tradição culinária.
Alívio para a insegurança alimentar
New Brunswick, classificada como a segunda província canadense com maior taxa de insegurança alimentar, encontra no projeto uma arma contra a fome. Alex Boyd acredita que ensinar as pessoas a fazer pão tem implicações a longo prazo na luta contra a crescente tendência da fome. Os pães distribuídos, frescos e sem conservantes, não são apenas alimentos; são uma expressão tangível de solidariedade.
Para Alex Boyd, o projeto não é apenas sobre distribuir alimentos, mas também construir uma comunidade solidária. Ele enfatiza que o verdadeiro impacto está no senso de comunidade, preenchendo não apenas estômagos, mas corações. Os voluntários, ao amassar a massa e compartilhar pães frescos, não só nutrem os necessitados, mas também experimentam uma terapia coletiva.
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Fonte: The Washington Post
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