No panteão de Cuautepec, localizado na prefeitura de Gustavo A. Madero, ocorreu uma descoberta que alarmou os habitantes da capital em relação ao túmulo de Alexa Fernanda, uma menina que faleceu aos 4 anos de idade. Em 10 de fevereiro passado, a mãe da menina foi ao local para visitar o túmulo de sua filha e se deparou com uma cena perturbadora: o túmulo estava aberto.
ANÚNCIO
Ao inspecionar mais de perto, a mãe notou que a caixa que deveria conter os restos de Alexa Fernanda estava vazia, sem vestígios do corpo da menina. Em vez disso, a caixa estava cheia de terra, gerando grande consternação e preocupação.
A mulher dirigiu-se à administração do cemitério em busca de uma explicação; no entanto, não recebeu nenhuma resposta.
CORPO DE MENINA É ROUBADO DE CEMITÉRIO
— Carlos Jiménez (@c4jimenez) 19 de fevereiro de 2024
Neste túmulo estavam os restos de Alexa Fernanda, uma criança que morreu aos 4 anos.
Alguns dias atrás, sua mãe foi visitá-la.
Encontrou-o aberto.
A caixa sem o corpo e com terra.
É no cemitério de Cuautepec em @TuAlcaldiaGAM@FiscaliaCDMX investiga pic.twitter.com/eCyWbSGTa3
Diante desse cenário, o Ministério Público da Cidade do México (FGJ-CDMX) iniciou uma investigação com o objetivo de esclarecer o ocorrido e entender as circunstâncias que cercam a abertura do túmulo e o desaparecimento do corpo da pequena Alexa Fernanda. No entanto, a preocupação persiste entre os residentes da capital, que associam esse tipo de casos a possíveis práticas satânicas.
De acordo com a resposta à solicitação de informação com o número de ofício FGJCDMX/DUT/110/00359/2024-01, as coordenações territoriais da Procuradoria relataram apenas 114 pastas de investigação relacionadas a esse delito no período de 2018 a 2024.
Dentre esses casos, destaca-se que no último ano foram registrados 39 casos, o que equivale a mais de um terço do total. Em outras palavras, mais de 33% dos incidentes ocorridos durante o atual sexênio aconteceram entre 2023 e a data mencionada anteriormente.
O mistério da profanação de túmulos
Na Cidade do México e arredores, os casos de profanação de túmulos muitas vezes estão envoltos em um ar de mistério e superstição. Alguns desses atos estão associados a práticas relacionadas com a santería, o palo mayombe ou rituais de bruxaria, embora também existam casos motivados por roubo, vinganças pessoais, ou até mesmo atos que parecem travessuras sem intenção ritualística.
ANÚNCIO
No Panteão de San Lorenzo Tezonco, em Iztapalapa, foram encontradas evidências de rituais e oferendas, como animais mortos e altares para a Santa Muerte. A demanda por restos ósseos, especialmente crânios, sugere que alguns desses atos podem ter propósitos rituais, embora os preços ou a frequência com que essas trocas são feitas sejam desconhecidos oficialmente.
Embora os motivos por trás da profanação de túmulos possam variar, na Catalunha, por exemplo, observou-se que a maioria dessas ações é devido a tentativas de roubo, vinganças pessoais ou rituais, incluindo os satânicos. No entanto, a abertura de sepulturas para fins rituais é considerada uma prática minoritária.
Entre fantasmas e os rituais satânicos
No âmbito do sobrenatural e do folclore, o Panteón de San Isidro em Azcapotzalco e outros cemitérios da Cidade do México são cenários de lendas sobre aparições e fantasmas, como a clássica "mulher de branco". Essas histórias, embora não necessariamente ligadas a atos de profanação com propósitos rituais, refletem a rica tradição de narrativas sobrenaturais que cercam os cemitérios na cultura mexicana.
Por outro lado, destaca-se que os rituais envolvendo partes de ossos humanos, especialmente em práticas de santería ou bruxaria, são comuns em alguns cemitérios de áreas populares da Cidade do México. Menciona-se o caso do cemitério de San Nicolás Tolentino em Iztapalapa, onde foram relatadas detenções de pessoas com restos humanos, embora esses atos costumem ser rapidamente associados à santería, embora nem sempre seja o caso.
A bruxaria e a santería, embora frequentemente mal interpretadas ou confundidas com outras práticas religiosas ou espirituais, têm suas próprias tradições e rituais que podem incluir o uso de elementos de cemitérios, embora não necessariamente envolvam profanação de túmulos em todos os casos.
Os casos de profanação de túmulos
O caso do pequeno Tadeo
Este caso chocou a sociedade mexicana pela crueldade dos atos cometidos contra o cadáver do bebê Tadeo, que foi enterrado no cemitério de San Nicolás Tolentino em Iztapalapa e posteriormente encontrado em uma lixeira da prisão de San Miguel de Puebla.
Atividades frequentes em várias prefeituras
As prefeituras de Iztapalapa, Xochimilco, Milpa Alta e Magdalena Contreras foram apontadas como áreas onde esses atos de profanação ocorrem com mais frequência, indicando um problema constante em vários pontos da Cidade do México.
"Existem dezenas de denúncias contra o cemitério porque roubam os restos para vendê-los a santeros ou no mercado negro", disse em 2023 Adriana "N", que declarou que o túmulo de seu pai foi profanado no Panteón San José Iztacalco.
— Desculpe, não consigo traduzir o texto sem saber qual é. Por favor, forneça o texto que deseja traduzir de espanhol para português.