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Estudante devolve PIX de R$ 100 mil recebido por engano

Um universitário de São Carlos recebeu o valor por engano e, demonstrando honestidade, devolveu ao remetente no dia seguinte

Foto: Arquivo pessoal
Foto: Arquivo pessoal

Genésio Alves de Araújo Júnior, um estudante de engenharia elétrica na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), viveu uma situação inusitada recentemente. Na tarde de quarta-feira (26), ele recebeu uma notificação bancária informando que um PIX de R$ 100 mil havia sido depositado em sua conta por engano. Surpreendido, Júnior decidiu devolver o valor no dia seguinte ao verdadeiro remetente, um homem desconhecido.

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Assim que o depósito foi realizado, o banco bloqueou a conta de Júnior como medida de segurança, devido à quantia significativa e incomum para sua movimentação habitual. “Minha conta foi imediatamente bloqueada e não consegui ver quem me enviou o dinheiro, nem estornar o valor. Só pensei: ‘Como vou explicar isso para a Receita Federal?’”, explicou Júnior. No dia seguinte, ele recebeu várias mensagens de áudio e ligações do homem que enviou o PIX por engano, pedindo a devolução do valor e apresentando o comprovante da transação.

Apesar da situação inesperada, Júnior afirmou que devolver o dinheiro era o que ele faria de qualquer maneira. “Eu não fiz nada de mais. Era o que eu iria fazer de qualquer forma”, comentou. Ele esperou até a abertura do banco no dia seguinte para resolver a questão com o gerente, já que não conseguiu estornar o valor imediatamente devido ao bloqueio da conta.

O remetente do PIX era um estrangeiro que não falava bem o português e não explicou claramente o motivo do erro. Júnior relatou que, no final das contas, acabou saindo no “prejuízo” porque teve que gastar com um carro de aplicativo para ir até o banco resolver a situação. “O único prejuízo que tive foi pagar um Uber para ir até o banco, porque moro longe. Pedi para o homem me pagar R$ 20 da corrida, mas ele sumiu depois disso”, contou rindo.

Apesar do transtorno, a atitude de Júnior foi alvo de brincadeiras dos amigos. “Eu contei para eles e riram bastante. Falaram que era a oportunidade para eu fugir para o Paraguai”, lembrou o estudante. Um boletim de ocorrência foi registrado por Júnior para formalizar a devolução do dinheiro.

A história de Júnior não é a única que destaca atos de honestidade. Casos semelhantes foram relatados recentemente, como o de um guarda que encontrou R$ 5.150 na rua e devolveu ao dono, e o de um menino de 12 anos que achou uma carteira e a devolveu após uma semana procurando o proprietário. Esses episódios ressaltam a importância da honestidade e do comportamento ético na sociedade.

Fonte: G1

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