Segundo o Instituto de Geografia da UNAM (Universidade Autônoma do México), até o ano de 2025, um em cada três habitantes do planeta será da Índia ou da China. Isso se baseia na projeção de que a população mundial atingirá cerca de oito bilhões e 200 milhões de habitantes até esse ano, dos quais aproximadamente três bilhões virão desses dois países.
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No âmbito do Dia Mundial da População, celebrado em 11 de julho, Armando García de León Loza, investigador da UNAM, apontou que em 1820 a população global era de aproximadamente um bilhão, e em apenas dois séculos cresceu para mais de sete bilhõess. Estima-se que até 2050 a população atingirá 9,7 bilhões de habitantes, com uma taxa de crescimento anual que diminui gradualmente, passando de 1,23% em 2010 para 0,59% projetado para 2050.
Apesar de uma diminuição na taxa de natalidade média global, que caiu de 4,5 filhos por mulher em 1970 para 2,5 em 2015, a expectativa de vida aumentou significativamente, de 64 anos em 1990 para 73 anos em 2019. Essa tendência, embora moderada pela pandemia, tem contribuído para o crescimento contínuo da população mundial.
García de León também destacou mudanças demográficas significativas, como o aumento na proporção de pessoas com mais de 65 anos, que passou de 6,1% em 1990 para 9% em 2020. Enquanto isso, a população infantil experimentou uma redução notável, representando 33% do total mundial em 1990 e apenas 2% em 2020.
Maior população do mundo
Em termos regionais, mencionou que países como Pakistão e Bangladesh, juntamente com Índia e China, abrigarão uma proporção significativa da população mundial. Na África, espera-se um rápido crescimento populacional em países como Etiópia e Nigéria.
Finalmente, García de León destacou que o México passou do 12º para o 11º lugar na lista dos países mais populosos do mundo. Desde 1980, quando tinha 66 milhões de habitantes, a população mexicana dobrou de tamanho, atingindo os 126 milhões em 2024.
Impacto nos recursos
Diante deste panorama de crescimento populacional no planeta, preveem-se impactos no desenvolvimento econômico, no crescimento do emprego, na renda, além de que a pobreza não diminuirá. O aumento da demanda por benefícios sociais complicará a disponibilidade de recursos fundamentais, como a água, conforme as projeções da ONU.