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Corpo de santa é exumado após 442 anos para estudos científicos

A análise científica das relíquias busca preservar sua história e legado

Foto: Ordem do Carmelo/Diocese de Ávila
Foto: Ordem do Carmelo/Diocese de Ávila

O corpo de Santa Teresa de Jesus, morta há 442 anos, foi recentemente exumado na Espanha para a realização de estudos científicos. Guardado com rigoroso esquema de segurança, o túmulo da santa, conhecido por ser protegido por dez chaves diferentes, foi aberto com a autorização do Papa Francisco. De acordo com o G1, o processo foi acompanhado por cientistas e médicos italianos, que se dedicaram a analisar as condições de preservação do corpo, do coração, de um braço e de uma mão da santa.

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Análise das relíquias e sua importância

As relíquias de Santa Teresa de Jesus, altamente veneradas pela Igreja Católica, são consideradas uma conexão direta com o mundo divino, carregando grande significado espiritual para os fiéis. O corpo da santa, cuja última exumação ocorreu em 1914, foi novamente examinado, e as comparações com fotos tiradas há mais de um século mostraram que a conservação permanece praticamente inalterada.

Os especialistas realizaram novas radiografias e coletaram materiais que foram enviados para análise em um laboratório na Itália. A expectativa é que os resultados desse estudo revelem detalhes adicionais sobre a vida da santa e ofereçam recomendações para a preservação futura das relíquias. Segundo o padre Marco Chiesa, envolvido no processo, o rosto da santa é visível, ainda que mumificado, o que permite uma clara identificação das feições.

O legado de Santa Teresa de Jesus

Santa Teresa de Jesus, também conhecida como Teresa de Ávila, nasceu na Espanha em 1515 e é uma figura central na história da Igreja Católica. Sua decisão de entrar para a vida religiosa, após enfrentar resistência familiar, marcou o início de uma trajetória dedicada à reforma e revitalização da ordem carmelita. Ao longo de sua vida, fundou diversos conventos e deixou uma obra literária significativa, incluindo o famoso “Livro da Vida”, onde narra suas experiências espirituais.

Canonizada em 1622, Teresa de Ávila foi reconhecida como Doutora da Igreja na década de 1970, sendo a primeira mulher a receber esse título. Sua influência perdura até hoje, e o estudo recente de suas relíquias reforça a importância de seu legado tanto para a fé católica quanto para a história religiosa.

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