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O marido que drogou a esposa para que fosse estuprada por mais de 80 tem um “discípulo”: usou a mesma “técnica” para abusar de sua parceira

Identificado como Jean-Pierre M., trata-se de um ex-caminhoneiro de 63 anos que teria participado nos abusos de Pelicot, que teria "ensinado" como fazer

O caso de Jean-Pierre M., um ex-caminhoneiro de 63 anos, causou comoção na França ao se descobrir que replicava os crimes cometidos por Dominique Pélicot, que drogava sua esposa para que outras pessoas a violentassem, detalhou o site espanhol 20 Minutos. Agora, o Tribunal Penal de Vaucluse enfrenta um processo que revela uma rede de abusos e crimes sexuais envolvendo mais de 50 acusados. No centro dessa rede está Pélicot, cujo modus operandi deixou uma profunda marca em seus seguidores, incluindo Jean-Pierre M, um dos homens que participou das violações a Gisele Pelicot, organizadas por Dominique.

Abusos e cumplicidade: o papel de Jean-Pierre M.

Jean-Pierre M. não só é acusado de ter fornecido ansiolíticos para sua própria esposa para abusar dela, mas seu crime tem um agravante adicional: ele agia sob a influência de Pélicot, a quem conheceu através do site Coco. Ao longo de cinco anos, Jean-Pierre M. replicou as técnicas de Pélicot, usando drogas para deixar sua esposa inconsciente para poder abusar dela sem seu consentimento, detalhou o ABC.

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As autoridades indicaram que o acusado reconheceu ter estuprado sua esposa pelo menos 12 vezes, com a ajuda dos medicamentos fornecidos por Pélicot. Esse padrão, caracterizado pelo fornecimento de substâncias para anular a vontade da vítima, é o mesmo que Pélicot usava com sua própria parceira, a quem drogava para que outros a estuprassem.

Um círculo vicioso de manipulação

A influência de Pélicot nos atos de Jean-Pierre M. é evidente, de acordo com os pesquisadores. Jean-Pierre M., que foi detido juntamente com outros 50 acusados, admitiu ter sido manipulado por Pélicot. Apesar dessa admissão, as autoridades afirmam que Jean-Pierre M. é responsável por seus próprios atos e enfrentará um julgamento justo por seus crimes.

Durante o processo judicial, seu filho, de 32 anos, declarou que seu pai parecia não compreender a magnitude de suas ações. "Se não tivesse conhecido Pélicot, nunca teria feito isso", disse seu filho. Apesar desse depoimento, a justiça terá que avaliar o grau de responsabilidade de Jean-Pierre M. nestes crimes e determinar se a influência de Pélicot é suficiente para mitigar a gravidade dos atos.

O julgamento trouxe consigo uma série de revelações arrepiantes, incluindo detalhes sobre a relação entre Pélicot e seus cúmplices. À medida que mais detalhes do caso são revelados, fica claro que Pélicot não agia sozinho, mas havia tecido uma rede de abusadores que, sob sua influência, replicavam seu comportamento criminoso.

Um processo longo e complexo

O julgamento de Jean-Pierre M. e dos outros envolvidos no caso Pélicot é um dos mais complexos e mediáticos na história recente da França. As provas reunidas pelos investigadores, incluindo os arquivos de fotos e vídeos encontrados na casa de Pélicot, têm sido fundamentais para revelar a extensão dos abusos.

Por sua vez, Pélicot, de 71 anos, ausentou-se várias vezes das audiências devido a problemas de saúde. No entanto, espera-se que ele deponha nos próximos dias sobre sua implicação direta nos crimes de Jean-Pierre M., o que poderia lançar mais luz sobre a relação entre os dois e as dinâmicas de abuso que estabeleceram.

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Este julgamento evidencia não apenas a gravidade dos crimes cometidos, mas também como a influência de um predador pode se espalhar para outros, criando uma cadeia de abusos que afeta profundamente as vítimas e suas famílias. Os tribunais terão que decidir como proceder em um caso que envolve dezenas de acusados, e cuja resolução estabelecerá um precedente na justiça francesa em relação a crimes sexuais.

Em conclusão, enquanto a justiça segue seu curso, as vítimas desses crimes horríveis esperam que a justiça seja feita e que os culpados, incluindo Jean-Pierre M., paguem pelos danos irreparáveis que causaram.

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